O início de Brasileirão do Grêmio nem de longe é o esperado. Após cinco rodadas, o time soma apenas dois pontos, no que é o pior começo do clube na história dos pontos corridos. Mas, em outras ocasiões, a equipe também largou mal e se reergueu ao longo do campeonato.
A edição de 2010 é o melhor exemplo. Nos primeiros cinco jogos, mesmo estágio atual da competição, o Grêmio somou cinco pontos, ocupando o modesto 14º lugar na tabela. Logo adiante, na nona rodada, entrou na zona de rebaixamento, onde permaneceu até a 13ª.
Na época, o técnico Silas foi demitido e Renato assumiu pela primeira vez o comando técnico do clube que conquistou o mundo como jogador. Foi quando tudo mudou. Nos 25 jogos seguintes, foram 51 pontos conquistados. Com 63, terminou o Brasileirão em quarto lugar, garantindo vaga para a Libertadores do ano seguinte.
Diretor de futebol do Grêmio na época, Rui Costa presenciou o momento de reviravolta do clube naquele ano. Segundo ele, a mudança se deu a partir da chegada do novo treinador, o mesmo que, nove anos depois, está à frente da equipe:
— O diferencial foi o Renato. Ele chegou, tivemos dificuldade no início, mas depois fizemos uma campanha espetacular, chegamos na Libertadores. Por isso que nenhuma dúvida que vai seguir uma equipe forte, porque o mesmo cara está lá, além do grupo competente, é o mesmo cara que estava lá em 2010. Passa muito por ele.
Em abril deste ano, o dirigente foi contratado pelo Atlético-MG, adversário do Grêmio na próxima rodada do Brasileirão. A partida ocorre no sábado (25), às 19h, na Arena.
— Sábado sabemos que é um jogo de extrema dificuldade. (O Grêmio) Ganha dois, três jogos, espero que não no sábado (risos), a situação já muda. Campeonato Brasileiro não é como começa, mas como termina — afirmou Rui Costa.
O Atlético-MG que virá a Porto Alegre vive uma crescente após cair na fase de grupos da Libertadores. Apesar da derrota na Copa Sul-Americana no meio da semana, a equipe é vice-líder do Brasileiro com 12 pontos, um a menos do que o Palmeiras. Mesmo encarando um Grêmio que está em momento de oscilação, Rui Costa não acredita que isso facilite a missão do time mineiro:
— Acredito em aproveitar o que há de bom na equipe, o que representa essa camisa. Nossa chance não é o momento do Grêmio, é o que temos aqui, nossos jogadores, a capacidade de entender o que o treinador passa para eles. Prevejo até mais dificuldade do que já seria.