Pelo menos dois torcedores do Grêmio ficaram feridos no empate em 1 a 1 contra o Rosario Central, na Argentina. O caso mais grave foi de Guilherme Dal Pai, 29 anos, que sofreu um corte de cerca de 7cm na cabeça depois de ser atingido por uma barra de ferro, no final do primeiro tempo. Natural de São Luiz Gonzaga, o torcedor teve de ser imediatamente encaminhado para o hospital de Rosario, onde foi submetido a uma radiografia e levou seis pontos no local do ferimento.
— Um senhor que estava do meu lado levou umas pedradas na altura dos joelhos, aí eu recuei para baixo da marquise e, de repente, senti uma pancada na cabeça. Eu não sabia o que havia me atingido, mas baixei a cabeça e vi no chão uma barra de uns 60cm. Sangrou bastante. A hora que botei a mão na cabeça e vi aquela barra, tomei um susto. Pensei: pelo menos, eu estou vivo. Foi como sofrer um acidente e sair caminhando. Saí até feliz perto do que poderia ter acontecido — contou Dal Pai.
O gremista não sabe precisar de onde veio o objeto arremessado na direção do setor reservado à torcida visitante, no Estádio Gigante de Arroyito.
— Não vi nem quem atirou. Diferente do que fazem nos jogos da Arena, tinha torcedores do Rosario Central acima da gente e não havia isolamento. Então, podem ter jogado lá de cima ou pode ter vindo da parte de trás, pois havia espaço para eles jogarem de baixo para cima. Na subida das arquibancadas, vi que tinham umas barras meio soltas. Acredito que eles tenham arrancado dali — disse o torcedor.
O diretor jurídico gremista, Leonardo Lamachia, e o supervisor do Departamento do Torcedor Gremista, Thiago Floriano, acompanharam as vítimas até o posto médico do estádio.
— Eu vi a correria na arquibancada. Os torcedores ao redor dos que foram atingidos contaram o que aconteceu. Mas eles foram atendidos rapidamente após o ocorrido — esclareceu Lamachia, que também acionou o delegado da partida para que o incidente constasse na súmula do jogo.
O segundo torcedor atingido não foi localizado por GaúchaZH.