A torcida do Grêmio está sendo impedida pela Brigada Militar de entrar no Estádio Cristo Rei, em São Leopoldo, para assistir ao jogo contra o Aimoré, pela segunda rodada do Campeonato Gaúcho. A partida está prevista para começar às 20h30min desta quarta-feira (23). A corporação informou que foi orientada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para barrar torcedores identificados com a camisa do Tricolor.
A Federação Gaúcha de Futebol (FGF), por meio do vice-presidente Luciano Hocsman, informou que a decisão judicial não fala sobre o uso da camisa do Grêmio. Porém, ressalta que a partida terá "torcida única".
"A decisão proferida na terça-feira (22) é que o jogo deve ser de torcida única. A decisão judical não fala sobre usar a camisa (do Grêmio). Ela diz que o jogo é de torcida única. A Brigada Militar, como gestora da segurança, para cumprir efetivamente o que diz a decisão, está solicitando que o torcedor que adquiriu ingresso venha sem a camisa do Gremio", diz Hocsman.
Alguns torcedores precisaram improvisar para conseguir entrar no estádio. As alternativas buscadas foram entrar sem camiseta ou comprar uma do Aimoré. Outros acessavam a arquibancada com a roupa tricolor guardada no bolso. Mulheres e crianças conseguiram circular sem dificuldades.
Entenda a punição
A dupla Gre-Nal foi impedida pelo STJD de ter torcedores em jogos fora de casa devido a uma confusão no Gre-Nal segundo clássico das quartas de final do Gauchão de 2018, no dia 23 de março.
Para tentar reverter a decisão, advogados dos dois clubes entraram com um mandado de segurança para solicitar a permissão da venda de ingressos nas partidas do Gauchão, desde que não seja para as torcidas organizadas. O presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, está analisando o pedido e Grêmio e Inter esperam que a decisão saia ainda nesta quarta-feira.
Na primeira rodada do Estadual, a Dupla — juntamente com a FGF — permitiu a entrada de torcedores nos estádios longe de Porto Alegre, desde que não estivessem identificados como sendo de alguma torcida organizada, alegando que a decisão do STJD não estava clara