Não podia ser diferente. Encerrada a partida no Maracanã, com derrota do Grêmio para o Flamengo, as perguntas da imprensa carioca sobre o destino de Renato Portaluppi monopolizaram a entrevista coletiva do treinador gremista. Com uma proposta de renovação na mesa, ele também é assediado pelo clube carioca. E não fugiu das respostas.
— Qualquer jogador gostaria de jogar no Flamengo, assim como qualquer treinador gostaria de treinar o Flamengo. Mas o Grêmio também é grande. Tem uma torcida imensa também, grandes jogadores, ganham muitos campeonatos. Treinar o Flamengo era um sonho que eu tinha, assim como treinar o Grêmio também. Então, fico feliz por ter realizado meu sonho de treinar o Grêmio. Tenho este sonho de treinar o Flamengo. Vai acontecer. Quando vai ser, eu não sei. Mas eu estou muito feliz no Grêmio — disse ele.
O Flamengo ainda passará por eleições presidenciais, mas o nome de Renato é especulado desde o início do ano. Ao final do Gauchão, ele chegou a negar uma oferta rubro-negra.
— É sempre bom voltar ao Maracanã. Lógico que tenho carinho pela torcida do Flamengo. Joguei aqui, conquistei títulos, joguei ao lado do meu ídolo Zico, fui ídolo da torcida. Mas estou muito feliz no Grêmio. Sou gremista e nunca escondi isso. Estou precisando de férias, tenho falado com o presidente (Romildo), mas vamos pensar nas duas rodadas que faltam. O mais importante não é o contrato do Renato, mas o Grêmio no G-4 —avaliou Renato.
No entanto, quando questionado se o Flamengo havia feito alguma proposta nos últimos dias, o treinador deu lugar ao atacante driblador da década de 80, que brilhou tanto com a camisa tricolor como a rubro-negra.
— O que eu posso falar é que tenho falado com o presidente do Grêmio. Tenho respeito pelo presidente, pela torcida, pelos jogadores, por isso a preferência é sempre do Grêmio. Conversamos, trocamos ideias, mas se o Flamengo me procurou? Deixa assim... — finalizou um reticente Renato Portaluppi.