O São Paulo não precisa nem vencer. Um simples empate contra o Vasco, nesta quinta-feira (22), às 20h, em São Januário, tira o Grêmio do G-4. Por isso, os atletas tricolores admitem torcer contra o adversário direto na tabela de classificação. Mas, no que depender do técnico Renato Portaluppi, esta "secação" não vai acontecer.
— O São Paulo tem o jogo dele, tem mais duas rodadas e muita coisa para acontecer no Campeonato Brasileiro. O importante é levantar a cabeça. Temos mais um compromisso contra o Vitória. Não adianta ficar torcendo contra o São Paulo, temos que fazer nossa parte. O Grêmio já está na Libertadores, e nosso objetivo agora é colocá-lo no G-4 —avaliou o treinador em entrevista coletiva no Maracanã, lembrando o desafio do próximo domingo (25), em Salvador.
Mas, olhando apenas para sua equipe, Renato reclamou da postura apresentada na derrota para o Flamengo na noite desta quarta (21). Demasiadamente recuado no primeiro tempo, o time destoou seu padrão de jogo, em que costuma ter mais posse de bola que o rival.
— Não foi estratégia. Inclusive, chamei a atenção deles no intervalo, porque nosso time estava muito estático. Tocava a bola e esperava o companheiro decidir a jogada. O Flamengo estava se movimentando bastante, da mesma forma que eu peço para minha equipe. Ficou fácil para o Flamengo nos marcar — comentou ele.
Aliás, em alguns lances, foi possível ver um um Renato muito irritado à beira do gramado do Maracanã. Principalmente, em situações em que o centroavante Jael perdeu a bola na área rubro-negra.
— A gente procura sempre corrigir, acertar com os jogadores. Às vezes, acontecem lances infantis, que não podem acontecer, principalmente contra uma equipe qualificada como o Flamengo. Isso que me deixou chateado, mas sem dar nomes aos jogadores. Jogo junto com a equipe. É normal eu me irritar na beira do campo, me irrito para que os jogadores acertem, para não ter erros infantis que geralmente são fatais como hoje — concluiu.