Depois da frustração da perda da Libertadores, o Grêmio passou a ter a vaga entre os quatro primeiros do Brasileirão como principal objetivo deste final de ano. A classificação para a competição continental de 2019 está encaminhada, mas não agrada ao clube correr o risco de uma fase preliminar. O meia Ramiro é bem claro ao analisar a busca de uma vaga no G-4 e fala qual o prejuízo que corre quem entra na etapa eliminatória:
– O principal de tudo é não fazer uma pré-temporada adequada. A gente começa o ano com a corda no pescoço numa disputa muito importante em mata-mata. O início muito intenso e decisivo pode causar prejuízo na metade da temporada.
Pensando também no ano que vem, Ramiro não se intimida em pregar a permanência do técnico Renato, responsável direto por sua recuperação no elenco e titularidade absoluta desde 2016.
– A gente vem de um trabalho vitorioso de dois anos. Claro que dar continuidade nisso é importante. Tivemos o privilégio, pelos bons resultados, de ter uma parceria de mais de dois anos que espero que continue por mais algum tempo. Mas este assunto é com o presidente e não depende de nós – assegurou.
As vitórias daqui para a frente serão decisivas para a classificação no G-4. Ramiro, porém, define o que será fundamental para o time obter sucesso na busca de um dos quatro primeiros lugares, especialmente em enfrentamentos contra os que disputam a mesma vaga, como São Paulo e Flamengo:
– O que vai definir esta situação vão ser os confrontos diretos. Os outros adversários praticamente coincidem entre os clubes que estão disputando a vaga. O importante é vencer quem está na briga direta e ver no final o resultado.
Contra o Vasco, no próximo domingo, o Grêmio fará seu primeiro jogo na Arena após a eliminação na Libertadores. Ramiro conta com o apoio dos torcedores, mesmo que ainda haja efeito da frustração conta o River Plate.
– A tristeza e a decepção do torcedor foram iguais às nossas. Ficamos chateados da mesma forma, talvez mais, porque estávamos no campo e tínhamos a chance de mudar. Infelizmente, passou. Agora não temos que ficar chorando por isso. A torcida sempre ajudou, já ganhamos títulos neste ano e sei que ela vai seguir nos apoiando – destacou.
Se existe um assunto que não interessa ao meio-campista do Grêmio é o início da final da Libertadores. Ramiro não tem o mínimo interesse no superclássico argentino entre Boca Juniors e River Plate:
– Eu não tenho vontade nenhuma de assistir. Não vou ver. Nenhum dos dois times terá a minha torcida. Depois do que aconteceu, ficamos muito chateados, pois sabíamos que poderíamos ter ido melhor. Agora, só quero saber do novo objetivo, que é chegar ao G-4 do Brasileiro. E isso depende de nós.
Entre as sequelas da Libertadores, Ramiro acompanhou a situação de seu amigo Bressan, parceiro desde os tempos de Juventude. O zagueiro retomou os treinamentos regulares e ganhou o apoio do companheiro de elenco:
– Ele se cobra muito e psicologicamente ficou muito abatido. O Renato conversou com ele, e agora voltou com o tesão recuperado. O grupo deu toda a força. Aqui não tem culpa de A, B ou C. Quando se perde, todos perdem.
Depois de um período parado por lesão, Ramiro se mostra mais confiante na recuperação do potencial físico e técnico. Vai para o jogo contra o Vasco e garante que contra o Atlético-MG já foi dada mostra de que o time superou a perda da Libertadores.
– É página virada – resumiu.