Independente da decisão do Tribunal de Disciplina da Conmebol, Marcelo Gallardo não está mais sozinho. E o apoio veio de um lugar inesperado: de um ídolo do Boca Juniors. Campeão da Libertadores em três oportunidades com a equipe argentina, o ex-treinador Carlos Bianchi participou de um podcast da rádio francesa RFI (Radio Foot Internationale) e admitiu que, em 2001, teve o mesmo comportamento do técnico do River Plate, ocorrido na última terça-feira, na Arena do Grêmio.
— Fui expulso na partida de ida da semifinal e vi a revanche de uma cabine. No intervalo, desci para falar com os jogadores - confessou Bianchi à rádio francesa.
Bianchi se refere a Libertadores de 2001, quando o Boca Juniors empatou por 2 a 2 no tempo normal e, nos pênaltis, superou o Palmeiras então comandado por Celso Roth. O jogo aconteceu no Pacaembu, em São Paulo, e, na ocasião, o treinador argentino chegou a ser agredido quando descia para o vestiário. Com um corte na cabeça e sangrando, Bianchi foi atendido por médicos, mas viu sua equipe passar à final e, posteriormente, vencer o Cruz Azul, do México.
Hoje aposentado, Carlos Bianchi ostenta em seu currículo quatro títulos da América: 1994, pelo Vélez Sarsfield; 2000, 2001 e 2003, pelo Boca Juniors.