Em vantagem para o jogo de volta contra o River Plate, dia 30, na Arena, o Grêmio cuidará nos próximos dias envolvido na recuperação de dois titulares que não puderam atuar no Monumental de Núñez. Desta vez, porém, uma possível ausência de Luan e Everton não chegará a representar um drama, já que basta um empate para assegurar a vaga na final.
Everton parece uma presença mais garantida. Com ficou fora da viagem a Buenos Aires, teve tempo para tratar da lesão muscular grau 2 sofrida na coxa direita dia 6, contra o Bahia.
— Ele é que nos dará a resposta para sabermos se vai jogar ou não. Se conseguir fazer todos os movimentos, estará em campo — disse Renato.
Luan, sim, preocupa. Além da fascite plantar no pé direito, sofreu, durante o treinamento de segunda-feira (22), um estiramento na coxa direita, cuja gravidade só será conhecida após exame marcado para a tarde de hoje.
— Luan até que se recuperou (da fascite), mas, no treino sentiu outra lesão muscular. Aí, ficou fora — explicou o técnico.
Renato pediu cautela para a segunda partida. Ainda assim, disse que o Grêmio superou um gigante na primeira partida. Durante sua entrevista, convocou a torcida a quebrar o recorde de público na Arena, que é de 55 mil torcedores, na decisão da Copa do Brasil de 2016.
Personagem do jogo, tanto pelo gol marcado quanto pela exuberância como marcador, Michel foi homenageado por Marcelo Grohe depois da partida. O goleiro recordou os momentos de aflição vividos pelo volante a partir do jogo contra o Monagas, dia 15 de maio, em Maturín, na Venezuela, pela fase de grupos da Libertadores, quando lesionou-se.
— Michel é merecedor de tudo isso. No ano passado, teve uma lesão de meniscos nessa mesma fase. Soube esperar sua oportunidade novamente. Um ano depois, recupera seu espaço com mérito. Ele dá muita consistência a nossa equipe — elogiou Grohe.
Ao seu lado, Michel fazia força para conter a emoção. Enquanto o goleiro falava, ele olhava para o chão, como que refletindo sobre a dificuldade enfrentada nos cinco meses em que ficou em recuperação da lesão muscular. Por fim desabafou.
— Passa um filme na cabeça. A luta das lesões. Foram três seguidas. Pelo que passei, esse gol valeu a pena — disse o volante, que dedicou o gol ao primo Levi, que, de aniversário na véspera, lhe havia pedido como presente que fizesse um gol de cabeça.
Na véspera, Michel soube por Renato que seria escalado. Disse ter participado do trabalho tático, uma informação que o técnico havia omitido dos jornalistas. Sua volta representa o fim da procura pelo substituto ideal para Arthur, hoje jogador do Barcelona.
Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Kannemann ficará fora do jogo de volta, dia 30, na Arena.
— Soubemos aguentar. Jogamos com muita inteligência — resumiu o zagueiro, cuja experiência no enfrentamento com atacantes argentinos foi outro fator decisivo para garantir a vitória que deixa o Grêmio muito perto da decisão, contra Palmeiras ou Boca Juniors.
— Kannemann foi um gigante. Falei isso a ele no vestiário. Tem a malandragem do jogador argentino. Antes do jogo, eu já sentia a energia dele. Eu sabia que ele levaria o cartão porque estava comprando o barulho da equipe deles. É um jogador de muitas qualidades — reconheceu o treinador.