A atuação de Arthur naquela Seleção Brasileira que venceu a Argentina foi uma demonstração da perda que nós, gremistas, tivemos com a saída desse atleta. Foi um show de qualidade técnica e discernimento com ou sem a bola, confirmando todas as críticas que fizemos quando ele não foi à Copa do Mundo. Trata-se de um jogador fora de série e que tem muito a oferecer ainda, em face de sua juventude.
Sorte do Barcelona que tem recursos financeiros suficientes para adquirir e contar com um jogador deste nível. Apesar disso, nossa Seleção teve uma atuação medíocre. Penso que mais uma vez a CBF está brincando de fazer futebol às custas dos clubes. Entre os convocados, há jogadores que não possuem a menor condição de vestirem a camisa da Seleção Brasileira. E, não entendo os motivos de suas convocações.
O esquema de jogo é totalmente ultrapassado, e a invenção de Gabriel Jesus pela ponta direita não faz jus à qualidade que deve ter uma equipe que veste a camisa amarela. Mas, por outro lado, mesmo contra a Argentina, um time renovado, sem entrosamento e sendo reconstruído, a motivação de nossos atletas foi realmente discutível. Se o objetivo é renovar também a Seleção Brasileira, por que alguns jogadores, como Renato Augusto, são convocados? O centroavante Firmino não deu um chute sequer ao gol argentino, derrotado pelo esquema de jogo.
Zona de conforto
As explicações para a não convocação de alguns outros atletas jovens apenas demonstram os desmandos e os benefícios que alguns clubes têm na CBF. Enquanto isso, o time brasileiro vai vencendo adversários pobres, mantendo uma invencibilidade que somente é perdida na hora que vale, a Copa do Mundo. Enquanto isso, todos seguem na sua zona de conforto até a próxima Copa.