Depois de ser escolhido como destaque do último Gauchão, o atacante Alisson ficou um longo tempo machucado, no início do Campeonato Brasileiro, e só voltou após a parada para a Copa do Mundo. A qualidade de atuações, entretanto, foi recuperada mais recentemente no segundo turno e nos jogos da Libertadores da América.
— Estou muito feliz com o momento, com os resultados e as partidas. Tem que continuar assim — afirmou.
A continuidade de Alisson acontece também pela sua versatilidade. Contra o Bahia, ele deve atuar pelo lado direito, na vaga de Ramiro, mas na sequência, contra o Palmeiras, ele poderá ser o substituto de Everton, pela esquerda, na posição em que jogava no Cruzeiro, antes de atuar no Grêmio.
— Fico feliz de estar ajudando . Queria a liberação do Everton, mas estou preparado para jogar naquele lado. A gente deixa nas mãos do Renato. Aqui mesmo, no Grêmio, entrei pela esquerda contra o Santos e no Gre-Nal — ressaltou.
Outro motivo de alegria para Alisson, e para o grupo tricolor, é a recuperação de Luan nos últimos jogos.
— O Luan é um fenômeno. Tem muita qualidade. Tive a oportunidade de jogar com ele fora do Grêmio (foram companheiros em seleções brasileiras de base) e sempre mostrou ser muito inteligente e técnico. É daqueles que sempre decide e a gente pode contar em qualquer posição. Agora voltou a fazer grandes jogos. A gente sabia que ia dar a volta por cima. Fica muito fácil jogar ao lado dele — declarou.
Apesar de ainda haver três jogos do Brasileirão antes da volta à Libertadores (Bahia, Palmeiras e Cruzeiro), Alisson já faz suas projeções para o enfrentamento com o River Plate.
— A gente tem que estar muito ligado pois sabemos que vamos enfrentar muitas dificuldades como contra o Estudiantes e o Tucumán. Eles estão há 30 jogos sem perder e vamos ter que fazer uma grande atuação lá em Buenos Aires para trazer bem a decisão para Porto Alegre — disse.
Sobre a diferença entre jogar contra argentinos e competir no Brasileirão, Alisson aponta a superação Argentina como marca nos jogos da Libertadores, enquanto no Brasil, o jogo é muito técnico, mas com uma pegada menos rígida.
— Eles (argentinos) têm um jeito técnico, mas são muito fortes na marcação e não se entregam. Eles tem muita vontade de vencer. Nós temos este exemplo aqui no nosso grupo com o Kannemann. O cara quer lutar o tempo todo, em treino, em jogo...No Brasil se tem mais qualidade com a bola — finalizou.
Bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, Alisson não abre mão de lutar por mais uma conquista e já projeta o confronto do próximo sábado (6).
— O jogo contra o Bahia é mais uma batalha. Estamos firmes na caminhada para ser campeão brasileiro — finalizou.
Sobre a dor no ombro esquerdo, decorrência no jogo contra o Tucumán, garante que não treinou normalmente nesta quinta-feira (4) — deu voltas ao redor do gramado — mas que não é problema. A definição de time acontecerá nesta sexta-feira (5).