Enquanto o time, dentro de campo, tentar avançar rumo às semifinais da Libertadores, fora, a direção comemora o equilíbrio financeiro. Até o final da temporada, o Grêmio terá quitado R$ 100 milhões de sua dívida de curto, médio e longo prazo.
Conforme Cláudio Oderich, um dos integrantes do Conselho de Administração, na metade do ano já haviam sido pagos R$ 95 milhões. Parte substancial desse bom resultado é decorrente da venda de jogadores, sobretudo Arthur. O volante, que atuou ontem pelo Barcelona contra o PSV, da Holanda, rendeu ao Grêmio R$ 140 milhões, a maior venda da história do clube. A conta é engordada com valores relativos a Mecanismo de Solidariedade, contratos de televisionamento e receitas patrimoniais. No primeiro caso, se encaixa o atacante Douglas Costa, adquirido em definitivo do Bayern de Munique-ALE pela Juventus-ITA.
O equilíbrio também é explicado pelo aumento do número de associados. De 40 mil, o Grêmio saltou para 90 mil. Por mês, o faturamento do Quadro Social chega a R$ 6 milhões.
— Esse valor compensa o que deixamos de faturar em bilheterias na Arena — observa Cláudio Oderich.
Como o clube ainda não detém a gestão do estádio, todo o dinheiro das rendas fica em poder de uma conta administrada pela Arena Porto-Alegrense.
Conforme dados do último balanço, o Grêmio alcançou R$ 329 milhões de receita em 2017, o que o coloca no mesmo de Flamengo (R$ 595 milhões) e Palmeiras (R$ 504 milhões), estes as duas estruturas de gestão mais firmes do futebol brasileiro. Os dados são de relatório inédito do Itaú BBA de análise econômica do futebol. Já o primeiro semestre de 2018 apontou superávit de R$ 3,58 milhões.
Como consequência dos bons números das finanças, o Grêmio antecipou o pagamento da folha salarial de outubro aos jogadores.
— Credibilidade, gestão e resultados no futebol compõem uma receita infalível de sucesso — aponta Oderich.