Ao mesmo tempo em que comemora o balanço de 2017, que apontou R$ 329 milhões em receitas, o Grêmio se prepara para números ainda mais expressivos no final deste ano. A otimista previsão é feita pelo presidente Romildo Bolzan Júnior, ao garantir que o clube, por ele administrado desde 2015, alcançou neste momento o absoluto equilíbrio financeiro.
— O balanço de 2018 será extremamente superior ao do ano passado. Isso nos dá um indicativo de autossustentação — destacou Bolzan.
A meta, detalhou o dirigente, tem sido perseguida desde a abertura de seu primeiro mandato. Ao assumir, Bolzan e sua equipe realizaram um diagnóstico das finanças e constataram que o processo de reorganização financeira demoraria quatro anos.
— Levávamos em conta o controle de despesas, a melhoria das receitas, a formação de jogadores, a busca de competitividade. Mas ainda buscamos algo extremamente importante, que é desonerar o nosso fluxo. Avançaremos muito até o final do ano. Todos têm que ter noção disso — salientou.
A desoneração, diz Romildo, nada mais é do que saldar compromissos que livrem o Grêmio de bloqueios a sua capacidade de investimento. Diz, por hipótese, que, se o clube arrecada R$ 25 milhões em receitas normais, precisa gastá-los sem descontos:
— Queremos nos livrar de antecipação de receitas, financiamentos, acordos judiciais. Chegaremos ao final do ano com muita desoneração nesse sentido. O fluxo de caixa será importante para termos o verdadeiro tamanho do Grêmio. Hoje, o equilíbrio é absoluto. O Grêmio não corre o risco de ter despesas superiores às receitas. Mas não podemos voltar atrás nesse controle.
Pelos dados do último balanço, o Grêmio ingressa no mesmo patamar de Flamengo (R$ 595 milhões) e Palmeiras (R$ 504 milhões), estes as duas estruturas de gestão mais firmes do futebol brasileiro. Os dados são de relatório inédito do Itaú BBA de análise econômica do futebol. Já o primeiro semestre de 2018 apontou superávit de R$ 3,58 milhões.