Começo esta coluna indo contra as vaias destinadas para Luan. Ele pode não ter batido o melhor de seus pênaltis no empate contra o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira. Porém, Fábio, confirmando sua fama de pegador de pênaltis, acertou o canto e salvou o Cruzeiro da derrota. Derrota? Sei não.
No primeiro tempo, escapamos de levar o segundo gol do time mineiro. Depois, na segunda etapa, Everton nos salvou da derrota com um golaço que pode entrar para as grandes jogadas da Arena.
Mesmo assim, o debate em torno do empate desta noite ficou em torno do trio André/Luan/Jael. Primeiro, André, que não correspondeu novamente, ok. Porém, sabemos que ele tem qualidade, não desaprendeu a jogar. Algo deve estar acontecendo com ele. Renato, que é muito bem pago para isso, já deve estar trabalhando para achar o motivo. Com a má atuação, a torcida, e parte da imprensa, num pensamento mágico, fala em Jael.
Sim, pensamento mágico. Jael não tem culpa de estar no Grêmio. Nem de ser escalado. Quem tem culpa é quem o contratou e o escalou. Ele entrou e , mais uma vez, não acrescentou nada, absolutamente nada, ao time. Ah, ele correu e brigou? É o minimo que um centroavante reserva do time três vezes campeão da Libertadores tem que fazer. Quanto ao André, algo tem de mistério aí. Mas, sempre, 100% das vezes, aposto minhas fichas no cara que tem bola. Seja André ou qualquer outro que o Grêmio venha a trazer. Não no Jael.
Quanto a Luan, não endosso as vaias a ele. Ele foi o melhor da Libertadores de 2017, ganhou Olimpíada pela Seleção, não desaprendeu. O time sente a falta de Arthur, um cara diferenciado. É muito fácil vaiar Luan e aplaudir Jael, que só corre e mostra raça, nada mais que isso. Coisa de gaúcho, de repente. O que vale é dar carrinho na bandeirinha de escanteio e correr. Muito.