Antes de começar esse texto, já faço uma ressalva: fala aqui um grande defensor de Renato, desde a primeira vez que ele treinou o Grêmio, em 2010. Porém, não existe impeditivo para críticas ao nosso comandante, resguardado o respeito pela pessoa do treinador. Então, vamos adiante. Especificamente em 2018, as entrevistas do técnico, após as partidas que o Grêmio perdia ou empatava, vinham me incomodando.
A cada derrota (ou empate), vinha aquela história. No Gre-Nal, ele chegou a ser deselegante, chamando o Inter de "time pequeno" e de "time de Segunda Divisão". Sobre o Inter ser um time pequeno, nem precisamos comentar, o coirmão é campeão do Mundo, como nós, e não acho que este espaço deva ser usado para flautas que não sejam saudáveis, como essa não seria. Muito menos time de Segunda Divisão, já que o coirmão está de volta à Série A.
E os mesmos discursos seguiam, culpando os times "retrancados" pelos nossos insucessos, e por aí a coisa seguia. Internamente, acredito que o discurso não era o mesmo, acho que Renato apresentava essas retóricas para proteger seu grupo.
Porém, depois da derrota lamentável para o medíocre time do Vasco (que conseguiu nos ganhar com um jogador a menos), Renato subiu o tom, mudou de postura. Mesmo não gostando da presença de nomes como Marcelo Oliveira (sempre é bom lembrar que ele não se escala sozinho), acredito que o puxão de orelhas foi para quase todo o time, que deu mole demais neste domingo (22).
A derrota para o Vasco é daqueles jogos básicos, cujos pontos (ou ponto) farão muita falta no fim do campeonato, situação que a torcida vivenciou, e muito, nos últimos Campeonatos Brasileiros. Láaaaa no final de cada competição, a gente ficava lembrando do jogo X, Y ou Z, contra times fracos, que nos custaram pontos muito preciosos. E quando Renato chamou atenção para a falta de competitividade no jogo contra o Vasco, fez um alerta importante: é nesses momentos que a gente começa a deixar para trás, mais uma vez, um título de Brasileirão.
Com um calendário apertado, quem jogar, tem que entrar em casa jogo como se fosse Copa do Mundo. Até porque a galera aí ganha um belo salário a cada 30 dias, e acabou de voltar de uma bela parada para a Copa do Mundo.