Técnico campeão da Libertadores de 1995 com o Grêmio, quando Fábio Koff presidia o clube, Luiz Felipe Scolari lamentou a morte do dirigente e afirmou, durante o velório, que o tem como um segundo pai. Com a voz embargada pela emoção, Felipão ainda destacou o legado de "amizade, carinho e correção" deixado pelo ex-presidente gremista.
— Sempre foi maravilhosa a presença dele, como nos ensinou. Foi uma tristeza muito grande para nós, para o Grêmio, para a família. A vida segue, mas a gente sente muito. Eu devo muito da minha carreira, dos ensinamentos que recebi, a ele — destacou, antes de completar:
— Eu ainda o considero como o meu outro pai. Meu pai do futebol. O Renato também o tratava como pai. Isso era o que nós tínhamos e recebíamos dele.
Ao ser questionado sobre momentos marcantes do relacionamento com Koff, Felipão citou duas fases difíceis da carreira em que o ex-dirigente foi importante:
— Em 1993, quando tivemos uma dificuldade, ele me manteve como técnico. Fez com que a gente trabalhasse. Fomos seguindo a diretriz que ele nos dizia. Depois, em 2014, após a derrota da Seleção Brasileira, foi o primeiro a me contatar e, depois, a me contratar, proporcionando uma outra situação no futebol. Então, ele não se resume a títulos, se resume à pessoa. É imortal, uma pessoa que não vamos esquecer nunca.
Sobre o legado do ex-presidente gremista, Felipão listou qualidades que o fizeram acumular amigos ao longo da vida.
— Deixa um legado de amizade, carinho e de correção. Ele é uma pessoa que, em todos os momentos, tinha um norte e o seguia. Traçava aquele rumo, mostrava por que aquilo deveria ser seguido e como deveria seguir. Ele não impunha seu pensamento, apenas manifestava e mostrava que, daquela forma, era melhor. Isso é o legado, que a gente pode ser uma pessoa correta sempre e ter amigos como ele teve de todos os lados. Um legado que nunca vamos esquecer — concluiu.