O técnico Renato Portaluppi minimizou o empate sem gols com o Fluminense. Sem conseguir superar a marcação dos cariocas, o Grêmio desperdiçou as chances criadas na partida desta quarta-feira, que terminou em 0 a 0. Confira a avaliação do treinador:
Análise da partida
"Não me preocupo. Dei os parabéns para a minha equipe. Tivemos oportunidades e não fizemos o gol. Estaria preocupado se meu time estivesse jogando mal e não estive criando. Dominamos totalmente o adversário, mas nos últimos jogos vimos só uma equipe buscando a vitória. A bola não entrou, mas não nos preocupa. O importante é estar no bolo da frente. O líder está a alguns pontos. Estamos ali, sem problema algum. O que fico feliz é que minha equipe sempre busca a vitória, tivemos posse de bola de 69% e a equipe criou. Infelizmente hoje, foi mais um jogo daqueles que a bola não quis entrar".
Dificuldade em abrir o placar
"A gente sempre busca o maior número de pontos. Me preocuparia se estivéssemos jogando mal e não estivéssemos criando. Temos colocado o adversário dentro do campo deles, com a maior posse no campo do adversário. Não me preocupa que a bola não tenha entrado. É mais fácil desarmar do que criar. Quando tomam um gol, dá desespero. Mas tem que sair o primeiro gol. Estamos no bolo da frente. O que faltou hoje foi um pouco mais de calma para fazer o gol".
Desgaste físico
"Vocês estão vendo quanto tempo faz que o Grêmio não repete a equipe. Não vou reclamar. Não é poupar, mas é que o jogador não tem condições de entrar. Não estou poupando ninguém. O Ramiro está com desgaste muscular. O Léo Moura sentiu a perna. Um garoto de 20 anos do Fluminense teve estiramento. É muito desgaste. Não repetimos a escalação em quantos jogos? Quando tiramos um jogador, é que ele não entra em campo por não ter condições de jogar".
Avaliação sobre o gramado
"Os jogadores já reclamaram do gramado, está ruim. Depois vão dizer que dei isso como desculpa. O gramado está horrível. Que até a Copa dane-se o Grêmio.
Opção pelo Cícero
"O Cícero jogou,por ter um adversário fechado, para ter um passe qualificado, um chute de longa distância e uma boa bola aérea. O Cícero ajuda na marcação. Não coloco por colocar, mas por ver a necessidade".
Situação de Ramiro
"Ele achou melhor ficar com os companheiros, mas não tinha condições de jogar. Nem se fosse uma final jogaria hoje. Ele não poderia nem aquecer. Vamos fazer outro exame até domingo, mas é difícil. Preferiu ver o jogo com os companheiros".
Pensa em mudar a forma de jogar?
"O Grêmio está bem, estamos construindo e tendo chances. Não deixamos o adversário jogar. Se faltasse luta ou dedicação, aí seria outro problema. A bola não quis entrar. Abrimos uma defesa com um jogador como o Messi e não vamos encontrar um desses no Brasil. Um jogador que drible um dois ou três. Quando tem o drible, o companheiro precisa cobrir e abre a defesa. A Seleção brasileira não tem esse jogador por dentro, temos o Neymar por fora. Um jogador que pegue a bola e chame a responsabilidade, entrar na área do adversário driblando".
Gol de bicicleta de André
"Gostaria, seriam mais dois pontos na tabela. Infelizmente o gol foi anulado, iria ganhar o carro. O problema não seria o dinheiro. Mas estava impedido. Gostaria de dar o carro para ele. Infelizmente não valeu".
Problema com a falta de gols é no ataque?
"Não é que está no ataque, estou satisfeito. Mudamos o estilo se tivermos jogadores diferentes. Não tenho essa preocupação, o Grêmio tem jogado bem e criado chances. O verdadeiro problema é que nosso torcedor se acostuma mal, o torcedor se acostumou a ganhar e golear. O meu time, contra todos, joga para ganhar e bonito. É um futebol ofensivo. Nem sempre vamos ganhar, os adversários estão defendendo. Mesmo com a dificuldade, estamos lá em cima da tabela".