Depois de um primeiro tempo em que foram necessários 26 minutos para uma surgir numa jogada decente de ataque, dava para imaginar que um dos lances capitais do jogo entre Grêmio e Juventude, na tarde deste domingo, tivesse origem em uma falha bizonha. Dito e feito. Só não podia imaginar que o goleiro Matheus, melhor da posição do Gauchão de 2017, fosse tentar driblar Jael de maneira suicida, e até com um pouco de soberba, eu diria, já que ele estava sozinho, sem ninguém por perto, e entregasse o resultado de bandeja para o Grêmio.
Depois disso, o segundo gol veio naturalmente, com Madson tendo sua aplicação e disciplina tática recompensadas com um gol, após bela jogada de Ramiro. Fico feliz por Jael ter conseguido marcar seu primeiro gol com a bola rolando pelo Grêmio, e nada tenho contra ele. Concordo com os argumentos de boa parte da crônica esportiva gaúcha, que precisamos de centroavante, e que Jael sempre muda o time quando entra no lugar de Cícero.
Mas, lembremos que o próprio Cícero já afirmou, em diversas entrevistas, que está "quebrando um galho" para o treinador, ao jogar naquela posição. Quando for escalado na sua, acredito que dará um bom retorno. Já Jael, que está criando uma "mística" com a torcida, que o abraçou nos últimos jogos, tem que ser visto exatamente do seu "tamanho": é um jogador esforçado, dedicado, aquele que cumpre o que o técnico pede, um cara necessário para o grupo, mas limitado. Para um jogo contra o fraco Juventude, ele serve, sem dúvida. Para Libertadores, é opção de banco, apenas.