Anderson Pico é a principal estrela de um time de veteranos com passagem pela dupla Gre-Nal que o São Paulo-RG apostou para o Gauchão 2018. Passadas 10 rodadas, tudo deu errado. O time é o lanterna da competição e só um milagre evita o rebaixamento. Pico acabou responsabilizado por essa situação: no último jogo, contra o Veranópolis, o lateral de 29 anos perdeu um pênalti aos 49 minutos do segundo tempo, acertando a trave.
Nesta quarta-feira, ele reencontra o Grêmio, seu time formador, na Arena. Um empate ainda pode manter chances para o São Paulo-RG, mas uma derrota, combinada a resultados positivos de Novo Hamburgo, Cruzeiro e Juventude pode antecipar a queda da equipe de Rio Grande.
Anderson Pico conversou com Zero Hora.
Como foi aquele pênalti?
Eu sou o batedor oficial. Eu e o Pedro, zagueiro. Quem tivesse melhor, batia. O Pedro estava cansado, tomei a atitude, e bati do jeito que treino. Tinha o buraco, e resvalei um pouco, tirou um pouco o pé de apoio. Mas se tiver pênalti, vou assumir e bater de novo.
Acha que o São Paulo-RG cai?
Não. Eu acho que não cai. Temos todas as chances de reverter a situação. Temos dois jogos. Se conseguirmos um empate, vamos depender de nós na última rodada. Tudo de novo fica em nossas mãos.
Empate com o Grêmio é bom resultado então?
É mito bom. Melhor ainda se for a vitória.
Como foi esse projeto de atuar no São Paulo-RG?
Era o melhor para voltar depois de um ano parado. Pelo elenco que tava se formando, era um grande elenco, para brigar por uma situação melhor. Infelizmente, as coisas no futebol não acontecem.
O que não aconteceu?
São coisas de dentro do clube, prefiro não falar, não expor ninguém. Algumas vezes, interfere no campo.
Mas coisas fora do campo (Pico foi fotografado em um Subway com outros jogadores, segundo torcedores, na madrugada)?
A cidade me acolheu de uma maneira boa. Às vezes, as informações são trocadas. Somos o centro das atenções.
Mas não era 4h?
Não quero falar sobre isso.
A troca do treinador (Claiton saiu e deu lugar a Ernesto Guedes) interferiu alguma coisa?
Isso vai da direção. Não vai da gente. Se fosse para escolher, continuaria o trabalho. O futebol às vezes tem disso.
Acha que fez um bom trabalho aí em Rio Grande?
Acho que sim. Desde o dia 20 de dezembro estou aqui, ajudando o máximo. Acho que poderíamos estar melhor na tabela.
Já tem planos para depois do Gauchão?
Vamos voltar, dar atenção para família.
Recebeu propostas?
Estão na mesa do meu empresário, não cabe a mim. Preciso continuar fazendo o meu trabalho. Não posso sair daqui, abandonar o barco e deixar os meus companheiros. Temos dois jogos e nada é impossível.
O que ainda sonha pra carreira?
Futebol é muito dinâmico, posso estar aí, longe. Tudo isso depende de como faz o trabalho. A gente entrega com aquilo que tu mostra dentro do campo, no nterior. Eu tenho certeza que algo vai aparecer.
Pensa em aposentadoria?
Como que eu vou me aposentar com 29 anos. Essa pergunta eu passo para o lado.