Os supostos assédios a Pedro Geromel, um deles noticiado no fim de semana, aqui em GaúchaZH, e outro que circula hoje nas redes sociais de gremistas, dando conta de informações vindas de jornalistas de São Paulo, que especulam sobre uma negociação que deve ser concluída com o Palmeiras, até o fim desta semana, nada mais representam do que "o preço" que o Grêmio paga por ser o melhor time da América, e o segundo melhor do mundo, segundo ranking divulgado nesta terça-feira.
Obviamente, não estou minimizando a saída de um dos melhores zagueiros que vi jogar com a camisa do Grêmio, se não for o melhor, diga-se de passagem. Assim como me preocupam possíveis desfalques de Luan e Arthur, caso se concretizem. Mas, em 2017, já dávamos quase como certa a saída de Luan, lembram? E quem acabou indo foi Pedro Rocha, em um negócio que rendeu bons valores ao clube. Sei do tamanho do desfalque que Geromel significa para o Grêmio, assim como seriam as perdas de Luan e Arthur.
Porém, estamos nos reacostumando a ser vitrine do futebol brasileiro e mundial. Aqui, na aldeia, todos sabiam que Geromel era um baita zagueiro, diferenciado. Porém, nossa base de análise vinha de grandes jogos deles contra times do Brasil e da América do Sul. E, convenhamos, não tem nenhum fenômeno por aqui. Quando Geromel fez a inesquecível partida contra o Real Madrid de Cristiano Ronaldo, é óbvio que o "olho" dos demais times aumentou. Viram o quanto ele é diferenciado. Não estou dizendo com isso que ele deve sair, que o Grêmio não conseguirá segurá-lo. Mas é fato que temos menor poderio financeiro que times como Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras. Sem citar, é claro, os milionários times da Europa.
Então, é bom termos duas coisas em mente. A primeira: seguimos com um baita grupo. Não compactuo do pessimismo de alguns colegas da imprensa, que dizem que o Grêmio começa 2018 pior do que 2017. Acho que tivemos uma perda significativa, sim, em relação ao começo do ano passado, por termos perdido Edilson. Mas não tinha o que fazer, acho que o presidente Bolzan age certo ao não inflacionar absurdamente o salário dele. Perdemos Fernandinho, que não deixará saudades, e Barrios, que foi importante, sim, no começo da Libertadores, e no fundamental jogo contra o Botafogo. Porém, lembremos: Barrios não chegou no começo de 2017, então, temos algum tempinho para achar um centroavante.
A segunda: infelizmente, perderemos um dos três, ainda este ano, creio. Arthur, Luan ou Geromel. Somos um dos grandes times do país, que vende muitos jogadores, faz parte. E será tarefa de Bolzan achar substitutos. Até o momento, ele mais acertou do que errou.