Cogitada por parcela dos torcedores a partir do mau desempenho da equipe de transição no Gauchão, a volta antecipada dos titulares é descartada pela direção. E, mais do que isso, é rejeitada pelos próprios jogadores. Ainda na quarta-feira (24), em Santa Cruz do Sul, o presidente Romildo Bolzan Júnior confirmou que o primeiro jogo do time principal será dia 3 de fevereiro, contra o Cruzeiro, na Arena, pela quinta rodada. Domingo (28), portanto, a equipe de transição irá enfrentar o São José, no Passo D'Areia.
Na avaliação dos jogadores, seria arriscado entrar em campo quando a pré-temporada tem ainda apenas uma semana de duração.
— Primeiro, temos que pensar em seis competições. Não podemos pensar em uma. Qualquer alteração no planejamento sabemos que dificulta a temporada — afirmou o goleiro Paulo Victor. — Precisamos respeitar o tempo de cada atleta. Sabemos que tivemos um tempo a mais de férias, mas tivemos mais trabalho no ano passado.
Ele cita como exemplo as lesões ocorridas em 2017, em meio a competições de alto nível. Dois dos casos mais marcantes envolveram o volante Michel, que precisou passar por cirurgia no joelho esquerdo, só voltando nas semifinais da Libertadores, e o zagueiro Pedro Geromel, com lesão muscular durante a Copa do Brasil.
Para Paulo Victor, os jogadores é que serão responsabilizados caso o desempenho não seja satisfatório.
— Somos seres humanos. Nem sempre podemos corresponder quando não temos a preparação adequada — destaca.
Pelo planejamento, a equipe principal atuará em sete dos oito jogos que ainda restam na primeira fase. Os adversários serão Cruzeiro, Brasil-Pel, Inter, Veranópolis, Novo Hamburgo, Juventude e São Paulo. No momento, com apenas um ponto conquistado em nove disputados, o Grêmio está na penúltima posição, na frente apenas do Novo Hambugo.
— Quando o professor (o técnico Renato) nos colocar, será o momento adequado para o atleta. Estamos em janeiro, as competições só acabam em dezembro. Não podemos pular etapa, independentemente do resultado — salienta Paulo Victor, acrescentando que, quando o planejamento foi feito, já eram conhecidos os riscos.