O Real Madrid tem um diagnóstico completo de seu oponente na final de sábado. Dois profissionais que atuam no Brasil a serviço do clube vem esquadrinhando o time de Renato faz tempo, até desde antes do tri da América. O Real espalha pessoas contratadas no mundo todo para desempenharem este tipo de acompanhamento. Mas, no caso do Grêmio, é algo mais específico.
– Zidane tem tudo na mão: mudanças de sistema, opções de jogadores, características de cada um, números de eficiência. Tudo. A pressão no Real é por vencer tudo sempre. Não viemos aqui a passeio – contou-me uma fonte com emprego alto no Santiago Bernabéu, entre fartos elogios ao Grêmio.
Esta mesma fonte contou-me que existe, sim, obrigação por título no Mundial dos Emirados. Por isso Sérgio Ramos pulou em Bale quando ele fez o gol da virada de 2 a 1 sobre o Al Jazira, na maior festa. E por isso CR7 sorriu tanto ao empatar. E o técnico Zidane soltou um suspiro de desabafo quando espantou a zebra.
Uma prova dessa importância Roberto Carlos, embaixador oficial do clube e comentarista da TV do Real. Ele estava ontem no Zayed Sports City, causando alvoroço entre os torcedores do "Madrid", maioria entre os 36 mil espectadores apesar de enfrentarem o time da casa.
O acompanhamento do Real ao Grêmio inclui até um jogador para comprar. Este mesmo que você está pensando. Arthur interessa ao Real Madrid, e não é só para ganhar uma corrida do Barcelona. É tudo fruto dessa observação, que não é de hoje. Fazem sentido, portanto, os treinos fechados de Renato. Ainda mais agora, que Jael e Everton podem ser mantidos para a final, no lugar de Barrios e Michel. Ou até Leo Moura, recuando para compensar a ausência de Arthur. Será que o dossiê do Real registra tais alternativas?