O Grêmio vai a campo com a vantagem do empate na noite desta quarta-feira (29), quando decide a Libertadores diante do Lanús na região metropolitana de Buenos Aires. Na avaliação de Ruy Carlos Ostermann, ex-comentarista da Rádio Gaúcha, o gol gremista em Porto Alegre é fundamental no jogo de 180 minutos. Por telefone, ele conversou com o GaúchaZH e deu o seu prognóstico para a final.
Qual a sua expectativa para o jogo?
O jogo está dentro da tradição do futebol argentino e brasileiro, embora o Lanús não seja como seriam Boca ou River. Mas ele tem a tradição de guerra, de batalha, de superação. Vai ser um jogo muito complicado, sobretudo porque é lá. Necessariamente, o público é uma parte importante do jogo e estará identificado com um dos lados. Por mais gaúchos que possam ir, será uma minoria. Isto é um dos elementos do jogo. Penso que o Grêmio pode se superar, o time do Renato tomou forma, é moderno, sabe tirar vantagens. Depende muito de uma estratégia de aproximação e desaproximação, que se exponha um pouco, mas não muito, porque o adversário tem qualidade, e o Grêmio é de fato um legítimo concorrente ao título.
O seu palpite é que o Grêmio será o campeão?
Acho que sim. Tem a seu favor o resultado, está com a vantagem e isso conta muito. Embora seja um jogo de igual para igual.
Qual a sua análise sobre o Lanús?
É um time que está dentro da tradição argentina. Não chega a ter o prestígio de outras instituições, mas reproduz as qualidades básicas do futebol argentino. É um adversário complicado.
Comparando este time do Grêmio com os de 1983 e 1995, qual é o melhor?
É um pouco difícil fazer comparações ao longo do tempo, porque as circunstâncias mudam bastante. No entanto, o time de agora está jogando um futebol adulto e de boa qualidade.