Não ouse dizer ao presidente Romildo Bolzan que o Grêmio enfrentará um adversário menor na final da Copa Libertadores. O dirigente elogiou as qualidades do Lanús já no início da competição, e reafirmou a avaliação positiva do rival na decisão após o time de Renato garantir a vaga diante do Barcelona-EQU.
— A final será dura, muito dura. Muito difícil. O Lanús, a gente sabia que poderia chegar por uma característica de seu coletivo, desenvoltura, tranquilidade. Vendo o Lanús jogar, o diagnóstico não estava errado. Chegou com absoluto mérito à final — destacou, antes de completar:
— Acho que eles ganharam do River porque tiveram mais vontade de ganhar. Isso vai ser reproduzido. Certeza que vamos ter o mesmo nível de dificuldade que teríamos com o River. O River pode ter mais camiseta, mas o Lanús venceu por absoluto mérito. Até fiquei surpreso com a falta de reação do River. Vamos ter de ter cuidado. A final poderia ser mais charmosa com o River, mas será muito mais disputada contra o Lanús.
Questionado a respeito dos motivos para o sucesso do Grêmio nas últimas temporadas, Bolzan citou a manutenção de uma mesma base, em contraste com momentos em que o plantel era desmanchado de uma temporada para a outra.
— A gente priorizou a manutenção de elenco. É a política mais correta para desenvolver um time. Acredita nas peças, desenvolve, apoia o jogador. O Grêmio mantém um elenco há três, quatro anos. Os resultados estão chegando por isso — avaliou.
O dirigente ressaltou a importância de a equipe manter o nível de competição nos jogos do Brasileirão que antecedem a primeira partida da final:
— Neste momento, temos de fazer no Campeonato Brasileiro, com a continuidade deste time jogar. Acho extremamente importante como estratégia. Tem de fazer a vinculação emocional de todos. Na hora oportuna, quando chegar uma semana antes da Libertadores, passa a se preparar exclusivamente para a final. Cada campeonato tem seu foco, e temos de manter o nível de excelência para chegar em todos — concluiu.