Correção: o Grêmio está há 277 minutos sem fazer gols no Brasileirão, e não 187 minutos, como foi divulgado entre as 6h05min e 19h26min. O texto já foi corrigido.
Há 277 minutos sem gols e com três derrotas consecutivas no Brasileirão, o Grêmio paga caro por sua ineficiência ofensiva no returno. A derrota por 1 a 0 para o Bahia na noite de domingo, mesmo definida em um pênalti irregular marcado pela arbitragem, custou a vice-liderança ao time de Renato, que foi ultrapassado pelo Santos.
A briga pelo título com o líder Corinthians, agora 11 pontos à frente, tornou-se quase que inviável. E os outros adversários pelo G-6, Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo e Flamengo, se assanham no retrovisor - a distância para o sétimo colocado caiu para quatro pontos.
Em seis jogos no segundo turno deste Brasileirão, o Grêmio, que tem 22% de aproveitamento, só balançou as redes no 5 a 0 sobre o Sport, na 22ª rodada. Nas outras cinco partidas, não marcou uma vez sequer - foram quatro derrotas e um empate. Ainda assim, o técnico Renato evita críticas ao seu sistema ofensivo. Afinal, pela gordura acumulada no primeiro turno, seu time ainda tem o ataque mais positivo do campeonato, com 40 gols.
— Nós seguimos com o melhor ataque, o que falar de quem tem o décimo? O Grêmio ficou quantas rodadas em segundo lugar? Várias. E estava na Copa do Brasil e Libertadores também. É normal perder uma posição em um campeonato tão nivelado. Meu time vai muito bem, obrigado — avaliou Renato.
As críticas para a arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira também foram assunto no vestiário. Ao defender a implantação do árbitro de vídeo, o vice de futebol Odorico Roman subiu o tom ao comparar o lance de Edilson com o gol de mão marcado pelo atacante Jô, do Corinthians, contra o Vasco.
— Foi um gol com a mão, tinha um árbitro atrás. Este é um erro que classifico de incompetência, cegueira ou intencional — disparou Roman.
O lateral-direito Edilson, envolvido diretamente na jogada com Allione, esclareceu sua participação na jogada.
— Os dois escorregaram, não sei se eu primeiro ou ele. Os dois caíram, não houve choque — defendeu-se Edilson, antes de completar:
— Os auxiliares estão ali para ajudar o árbitro principal e não ajudam. Depois colocam árbitro de vídeo, ficam desempregados e não sabem o porquê.