Como não estamos dentro do vestiário, não tem como saber como Renato conduz o dia a dia e o que pensa sobre algumas coisas. Não temos como saber quais são seus critérios ao trazer Maicon de volta para o time, por exemplo, mexer em várias peças do time, e deixar Éverton no banco.
Para o jogo desta quinta-feira, contra o Fluminense, ele sinaliza que a escalação deve ser a mesma que teve dificuldades contra o Bahia. Ouvindo aqui e ali, noto que existem duas opiniões fortes, e louváveis, sobre o motivo das dificuldades enfrentadas contra o Bahia. Uma delas é a escalação promovida por Renato, que, ao decidir-se pela volta do capitão, mexeu em três posições para encaixá-lo no time. Luan voltou a ser o tal falso nove, Arhur teve que avançar e Maicon entrou no seu lugar. Tivemos problemas na articulação, como vimos.
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A segunda, é que foi o Bahia, com uma severa marcação, que nos tirou o espaço, fez uma baita retranca e veio para jogar pelo empate, anulando as principais peças gremistas. Existe uma terceira, que não deve ser desconsiderada: independente da escalação, é importante que a torcida e a imprensa saibam, e acredito que saibam, que o Grêmio não é o Real Madrid e não vai amassar todos os adversários. Longe disso. É um bom time, encaixado, com algumas boas peças de reposição, alguns jogadores diferenciados, como Luan, que foi mal contra o Bahia, e Barrios, fora por alguns jogos. Nada mais do que isso.
Então, atuações como a jogo contra o time baiano se repetirão até o fim do ano, independente de escalações do time. Jogaremos com o time completo, aquele considerado ideal, e perderemos algumas partidas, é fato, é do jogo. A entrada de Éverton, de atuações irregulares, não é garantia de vitória, assim como a saída de Maicon. De repente, com dois jogos fora de casa, contra dois grandes times, o Grêmio seja mais atacado, e tive proveito desta escalação para voltar com bons resultados - penso em quatro pontos, ao menos.
Não concordo muito com a escalação de Renato, o que é do jogo democrático, assim como ele, ou os leitores, não devem concordar com uma série de coisas que escrevo, ou já escrevi. Mas torço por ele, sempre, para que suas escolhas sejam as mais adequadas. Ele está lá, tem anos de experiência, dentro e fora de campo. Não é necessário que a gente tenha razão, ou esteja certo em tudo. Assim é o futebol, assim é a vida. Com bons argumentos, ou boas vitórias, no caso do futebol, sempre passamos por uma uma experiência interessante ao descobrir que estávamos errados.