O Grêmio terá um novo titular na lateral esquerda nesta quarta-feira, contra o Fluminense, pelas oitavas da Copa do Brasil. Com a lesão no ombro direito que tira Marcelo Oliveira de ação por um mês, Bruno Cortez ganhará sequência de ao menos nove jogos no time de Renato Portaluppi para tentar recuperar o alto nível que teve no Botafogo em 2011 e o levou para a Seleção Brasileira.
Ao final daquele ano, em que se destacou sob o comando de Caio Júnior na equipe carioca, Cortez foi eleito o melhor de sua posição no prêmio "Craque do Brasileirão" da CBF. Meses antes, em setembro, foi convocado por Mano Menezes para o Superclássico das Américas contra a Argentina e foi titular ao lado de Ronaldinho e Neymar na vitória por 2 a 0 em Belém, no Pará.
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Valorizado, Cortez foi contratado pelo São Paulo em 2012. O primeiro ano foi de alto rendimento: disputou 74 dos 78 jogos que o time fez na temporada. Foi eleito melhor lateral do Paulistão e conquistou o título da Copa Sul-Americana.
Só que, em 2013, passou a conviver com lesões. Por isso, teve poucas chances após a chegada de Muricy Ramalho, que optou por usar Reinaldo, que hoje atua na Chapecoense, como titular. Hoje comentarista do SporTV, o ex-técnico avalia as características de Cortez.
– Ele é um lateral mais do meio para a frente. É como Léo Moura, tem habilidade quando chega no apoio. Não tem como o treinador pedir para ele não ser ofensivo – observa Muricy.
Se o Grêmio ganhará por um lado, perderá pelo outro. A vocação ofensiva de Cortez exigirá que Pedro Rocha seja ainda mais solidário na marcação aos jogadores que atuam pelo lado direito do Fluminense, entende Muricy.
– Marcelo Oliveira é um pouco mais marcador. Fecha para cobrir os zagueiros, tem bom cabeceio. Além de jogar bem ofensivamente – entende o comentarista.
Treinado por Renato no Grêmio entre 2010 e 2011, o lateral-esquerdo Lúcio vê semelhanças de Cortez com seu estilo de jogo. Hoje com 37 anos, o veterano que atuou esse ano pelo Salgueiro no Pernambucano se destacou na equipe gaúcha por sua chegada ofensiva, tanto que foi improvisado como meia por Portaluppi. Para ele, a entrada de Cortez no time exigirá que um dos volantes, Michel ou Arthur, junto a Pedro Rocha, cubra seus avanços ao ataque.
– Se for o Cortez do Botafogo, o Grêmio ganhará ofensivamente. Ter sequência como titular é importante para dar confiança. Quando o jogador está receoso, ele faz a jogada e já olha em seguida para banco para ter um termômetro da reação do técnico. Se estiver confiante, ele nem olha – observa Lúcio.
O ex-lateral Gilberto, que se destacou no Grêmio com Tite entre 2002 e 2003 e hoje é coordenador técnico do América-RJ, entende que Cortez precisa evoluir na marcação para seguir como titular após o retorno de Marcelo Oliveira.
– Sempre fui orientado a olhar o avanço do outro lateral. Se ele ia, eu ficava. Sempre tive liberdade para atacar, mas o equilíbrio é fundamental. É saber dosar quando ataca e quando defende. O lateral precisa saber fazer bem as duas coisas – recomenda.
Ainda que involuntária, a entrada de Cortez faz a alegria de boa parte dos torcedores do Grêmio. Mesmo prestigiado por Renato e tido como uma das lideranças do grupo, Marcelo Oliveira frequentemente é alvo de críticas.
Agora, será possível constatar se quem o critica tem ou não razão.
A sequência de nove jogos que Cortez terá como titular:
Quarta-feira - Fluminense (Copa do Brasil)
21/5 - Atlético-PR (Brasileirão)
25/5 - Zamora (Libertadores)
29/5 - Sport (Brasileirão)
31/5 - Fluminense (Copa do Brasil)
4/6 - Vasco (Brasileirão)
7/6 - Chapecoense (Brasileirão)
12/6 - Bahia (Brasileirão)
15/6 - Fluminense (Brasileirão)
ZHESPORTES
Oportunidade
Cortez terá sequência de nove jogos como substituto de Marcelo Oliveira
Lateral tentará recuperar no Grêmio o alto nível que mostrou no Botafogo
Adriano de Carvalho
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