Apoio em gênero, número e grau a coluna do colega Luis Henrique Benfica que afirma que Luan terá de ir embora para ser amado pela torcida do Grêmio. De certa forma, esse complexo de vira-latas é meio uma coisa cultural gaúcha, vide os problemas que dois grandes nomes daqui, mas da cultura, tiveram para ser reconhecidos pelo povo gaúcho: Os Engenheiros do Hawaii e Elis Regina, que teve que até ir embora daqui.
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Muitas vezes, critico a torcida gremista, pois parece que ela parou em sei lá que época, gostando de jogador que dá carrinho na bandeira do escanteio, ou dos reforços vindos da Argentina ou do Uruguai, vários deles de retorno bem duvidoso - para dizer o mínimo. Douglas, até pouco tempo atrás, era criticado por não dar carrinho, supostamente não se esforçar, dentre outras coisas. Sendo que mais de 90% das chances de gol do time sempre foram criadas por ele, em seus passes geniais. Agora, acontece o mesmo com Luan.
Nosso atacante não é um fenômeno, um novo Ronaldinho Gaúcho? É claro que não. É um grande jogador, de seleção, que rende muito mais em um time ajustado, é óbvio. Vendo Luan jogar no campo, dá para ver o quanto é diferenciado, em relação à média do futebol brasileiro, atualmente. Erra? Claro, todos erramos. Mas os lances em que faz a diferença mostram o quanto ele tem uma qualidade superior.
Porém, ele, como todo o time, está passando por uma fase de ajustes, em um campeonato que permite isso: o Gauchão. De uma hora para outra, perdemos nomes importantes do Tricolor, sem substituto à altura, como Geromel e Douglas, de maneira temporária, e Walace, vendido para o Hamburgo. Então, o ruralito serve para ajustar as peças, dar espaço para os novos contratados, mas sem pressa.
É hora de deixar Renato trabalhar em paz, arrumar o time, e cobrar na hora certa: nos jogos da Libertadores e do Brasileirão. Antes disso, é só precipitação em um time que está se reestruturando, tanto no elenco quanto no modo de jogar.