Não faltam passagens gloriosas na vida dos uruguaios Nacional e Peñarol e do paraguaio Olimpia, adversários do Grêmio na Copa de Campeões da América, competição que abrirá o calendário da Arena em 2017. O Nacional computa três Libertadores e três mundiais. Também três vezes campeão do mundo, o Peñarol soma cinco Libertadores. Três vezes campeão continental, o Olimpia foi uma vez o melhor do planeta.
O momento atual dos três clubes, contudo, não está a altura da sua tradição. Olimpia, Nacional e Peñarol enfrentam um momento de reconstrução, sobretudo o último, que enfrenta graves problemas administrativos. Como o Grêmio, eles farão da Copa de Campeões o ponto de partida para a Libertadores. O Olimpia ainda precisará superar a pré-Libertadores, a partir de fevereiro.
Jornais uruguaios destacam as cotas do torneio. Ao campeão, caberão US$ 250 mil, aproximadamente R$ 830 mil.
– Tendo em vista o delicado momento econômico vivido pelo Nacional, trata-se de um incentivo para o começo da temporada – destaca Juan Pablo Romero, jornalista do Ovación, o diário esportivo mais popular de Montevidéu.
NACIONAL-URU
O Nacional precisará resistir com todas as suas forças para estrear na Copa de Campeões da América, no dia 21, contra o rival Peñarol, ainda mantendo no elenco sua maior estrela. Trata-se do zagueiro Diego Polenta, de 24 anos, que é assediado por River Plate-ARG, Olimpia-PAR, Zenit -RUS, além de dois clubes mexicanos. Seus direitos custam US$ 6 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões), mas apenas 50% deste valor ficariam com o clube uruguaio em caso de venda. O pior é que o próprio jogador já admite sair, desencantado com o futebol uruguaio e mesmo com o país.
Campeão uruguaio deste ano, o time disputou 15 jogos, com 11 vitórias, um empate e três derrotas, com cinco pontos de vantagem para o vice-campeão Wanderers. Na campanha, além de Polenta, destacou-se o veterano meia Martín Liguera, 36 anos, autor de seis gols e eleito o melhor jogador da competição. No ataque, o destaque é Tabaré Viudez.
PEÑAROL-URU
Decepção no campeonato uruguaio, o Peñarol precisará se reconstruir para 2017. Não fosse a mudança do critério, que considerou a classificação de 2015, o time sequer entraria na Libertadores, já que foi o 14º colocado entre 16 times em 2016. Da base atual, a torcida confia em poucos nomes. Entre eles, o goleiro Gaston Guruceaga, 20 anos, o meia Nahitan Nandez, da mesma idade, e o atacante Junior Arias, 23 anos.
Emprestado pelo Grêmio, o zagueiro Bressan fracassou, conforme o jornalista Pablo Londinski. Devem deixar o clube o goleiro Damián Frascarelli, o zagueiro Carlos Valdez, e os atacantes Hernán Novick e Miguel Murillo. A direção prepara uma investida em Cristian Cebolla Rodríguez, mesmo sabendo das frequentes lesões que o tem afastado dos gramados.
Até o técnico é novo. Nesta semana, quando voltaram aos trabalhos, os jogadores foram apresentados a Leonardo Ramos, campeão uruguaio de 2014 com o Danubio.
OLIMPIA-PAR
O ano de 2016 não foi bom para o Olimpia. O time foi vice-campeão no torneio Apertura, superado por um ponto pelo Libertad, e também no Clausura, ficando atrás do Guaraní. Como precisará disputar a pré-Libertadores, trocou de treinador e fez um ousado investimento para contratar o uruguaio Pablo Repetto, que, pelo Independiente del Valle, do Equador, sagrou-se vice-campeão da Libertadores deste ano.
Ontem, em seu site, o clube anunciou a contratação do goleiro Azcona, 32 anos, também do Independiente del Valle. De resto, a equipe mantém sua estrutura em cima do volante Cristian Riveros, ex-Grêmio, do meia ofensivo Julián Benítez e do veterano atacante Roque Santa Cruz, 35 anos. Com seguidas lesões nos dois joelhos, ele ficou fora de boa parte dos jogos de 2016, mesmo ano em que anunciou sua retirada da seleção paraguaia.
– O ano será de muita pressão. A torcida está muito insatisfeita – conta o jornalista Gabriel Cazenave, do ABC Color.
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