Venceu o melhor, quem realmente buscava esse título como se fosse o último que restava. O Grêmio não foi melhor do que o Atlético-MG nos 180 minutos da final. O Grêmio foi absurdamente melhor.
Fica aqui uma lição. Um bom time pode-se fazer sem grandes jogadores. E reunir grandes jogadores, nem sempre, significa que você terá um time. Grêmio e Atlético-MG são as provas cristalinas disso.
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É bem verdade que também o Grêmio é um caso a ser estudado – ou simplesmente enquadrado nas surpresas que só o futebol é capaz de nos proporcionar. A saída do executivo Rui Costa e de Roger tiraram o futebol do clube do caminho mais científico, alinhado com o que se faz na Europa. No lugar deles, voltaram nomes que estiveram nas conquistas do clube nos anos 80. Adalberto Preis é o estilo de dirigente das antigas, intuitivo. Valdir Espinosa usa mais o discurso que realmente dados e apontamentos tirados de análises de desempenho. E Renato, bem, esse e Roger parecem exercer profissões diferentes. Que se completaram na transição do Grêmio, é verdade. Mas são técnicos de conceitos e perfis totalmente diferentes.
O fato é que o Grêmio, mesmo dando essa guinada, conquistou o título esperado há 15 anos. E o resultado, no futebol, é o que encanta a torcida.