A vitória por 2 a 0 contra o Cruzeiro, que abriu ao Grêmio as portas para chegar à decisão da Copa do Brasil, gera entre os torcedores um misto de alegria e ansiedade. A satisfação pela chance de ganhar um título de expressão depois de 15 anos rivaliza com o medo de uma nova frustração.
Por isso, apesar da larga vantagem obtida no Mineirão, percebe-se cautela pelo jogo de volta contra os mineiros, em 2 de novembro, na Arena. Escaldado, o gremista ainda quer ver para crer.
Por enquanto, a única certeza é de que o apoio será incondicional. Iniciada às 11h desta quinta-feira, a venda de ingressos, feita neste momento apenas pela internet, impressiona. No final da tarde, 6 mil já haviam saído. Segunda-feira, quando forem abertas as bilheterias, dificilmente restará algum. A projeção é de 50 mil torcedores na Arena.
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Antes mesmo da partida no Mineirão, a direção da Arena já havia decidido colocar preços promocionais para o segundo jogo. Os valores variam de R$ 10 a R$ 120, dependendo do setor. Há ingressos a R$ 10 para público infantil e R$ 20 para acompanhante de sócio.
– Primeiro, precisamos passar pelo Cruzeiro – acautela-se Marcelo Jorge, presidente da Arena. – Agora, se chegarmos à final, vamos ter que colocar telões na Esplanada da Arena. O grande sonho da torcida gremista é comemorar um título em casa – completa.
Desde sua inauguração, no final de 2012, a Arena já sediou duas finais. No Gauchão de 2014, o Grêmio perdeu por 2 a 1 o primeiro Gre-Nal decisivo. Em 2015, houve empate sem gols no primeiro clássico.
Em recuperação de problemas de saúde, o ex-presidente Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, confia não só na chegada à final, como na conquista do título. Com a autoridade de quem já venceu duas finais da Copa do Brasil, em 1994 e 1997, ele aponta a tradição do clube na competição como um importante diferencial.
– Essa competição é a cara do Grêmio. Já estivemos em sete finais. Fiquei muito feliz com a atuação no Mineirão. Foi de encher os olhos – diz Cacalo.
Na condição de dirigente, ele vivenciou os principais momentos do Grêmio na Copa do Brasil. Em 1993, como vice de futebol, chorou a perda da taça para o próprio Cruzeiro, no Mineirão. Em 1994, na mesma função, comemorou o título contra o Ceará, no Olímpico. Cacalo seguia como vice em 1995, quando a equipe perdeu a final para o Corinthians, no Olímpico. Já como presidente, em 1997, foi campeão contra o Flamengo, no Maracanã – curiosamente, não estava no estádio porque havia sofrido uma fratura na perna.
Presidente em 1981, ano do primeiro título brasileiro do Grêmio, em final contra o São Paulo, no Morumbi, Hélio Dourado também está confiante. Ele vê melhora acentuada no desempenho da equipe com Renato Portaluppi, embora também seja admirador de Roger Machado, o técnico anterior.
– Contra o Cruzeiro, o time jogou muito bem em todos os aspectos. Se for mantido esse nível, acho que poderemos ser campeões. Já está na hora – afirma.
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