Na estreia da Copa do Brasil, está proibido falar em empate fora. Enfrentar o Atlético-PR em Curitiba, na partida de ida das oitavas, com discurso conformista é chamar o tropeço. O Grêmio tem time para superar a pedreira que é visitar o Furacão.
Para classificar, o Imortal terá o desafio de encerrar a rotina de más atuações longe da Arena, sina que compromete a busca pelo título brasileiro. Junto, o time terá de buscar o gol como visitante, algo raro em jogos encardidos de mata-mata.
As últimas eliminações tricolores também passam pela falta de poder ofensivo fora de casa. Santa Fe, San Lorenzo, Atlético-PR, Fluminense, Rosario Central e Juventude. Exemplos de confrontos recentes nos quais o Imortal não balançou as redes como visitante e acabou desclassificado.
Em 2013, diante do mesmo Furacão na Copa do Brasil, o Grêmio passou em branco no Paraná, perdeu o jogo e caiu na Arena. Faço o alerta, porque é corriqueiro no clube o apreço ao empate fora. Espero que a Copa do Brasil de 2015 tenha deixado lições. Mais time do que o Fluminense, o Grêmio poderia ter vencido no Rio de Janeiro. Preferiu se resguardar demais, não apertou o suficiente e comemorou o empate sem gols. Fred marcou na Arena e fomos eliminados com o 1 a 1.
Acredito no potencial da equipe de Roger Machado, que precisa repetir todo ímpeto e bom futebol demonstrado nos jogos em Porto Alegre. As voltas de Luan, Walace, Edílson e Jaílson encorpam o time. É fundamental uma boa jornada de Luan e o despertar de Bolaños, que insiste em perder gols fáceis. Tomara que o equatoriano vire a chave a partir da noite desta quarta-feira.