Embora tenha sido apontado como dúvida por Álvaro Gutiérrez por uma virose, Brahian Alemán se coloca à disposição do técnico da LDU para encarar o Grêmio. Tanto que o cérebro do time equatoriano fala com naturalidade sobre o confronto decisivo desta quarta-feira pela Libertadores.
Ao receber ZH no CT da LDU, no bairro de Pomasqui, ao norte de Quito, Alemán comentou o mau momento de sua equipe, que é vice-lanterna do campeonato equatoriano. Mas também esbanjou confiança para o jogo contra o Grêmio. Inspirado em Zidane, pretende fazer a diferença no Casa Blanca. E entende que a altitude de 2,8 mil metros em Quito será uma grande aliada para que a LDU siga com chances de classificação na Libertadores.
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Como está o momento da LDU?
Os resultados não são os melhores tanto na Libertadores, como no campeonato local. É difícil, se foi um treinador e agora chegou um novo. Sabemos que cada um tem um estilo de jogo diferente, sua forma de atacar, defender e pressionar. Se adaptar ao que pede o novo técnico é complicado. Mas trataremos de fazê-lo o mais rápido possível, até porque temos pressa em obter resultados positivos. Perdemos nosso último jogo em casa pelo campeonato equatoriano. Não podemos repetir isso na Libertadores contra o Grêmio.
E os protestos da torcida?
Entendo que é algo compreensível, já que os resultados não estão acontecendo como queremos. Eles pagam ingresso, fazem um esforço para ver a equipe ganhar. Mas o futebol é assim. São os altos e baixos que cada clube vive. Nem sempre se pode ganhar e nem sempre se vai perder. Esperamos que, com a troca de técnico, também mude nossa atitude nos jogos. Temos um bom plantel, com boas individualidades, jogadores com técnica e velocidade. É juntar tudo isso para buscar os resultados que precisamos.
Como o grupo recebeu o novo técnico?
Bem. Álvaro é um treinador que está tratando de fazer o possível. Óbvio que tem pouco tempo de trabalho. Quando ele chegou, já tinha o jogo com o Deportivo Cuenca. Agora, vamos enfrentar o Grêmio. Fazer o que ele quer dentro de campo é complicado, porque mal pudemos treinar com ele. Mas é um grande profissional, com muita vontade de fazer o time crescer. E nós temos de ajudá-lo.
Só interessa a vitória a vocês contra o Grêmio.
Sem dúvidas. É o único resultado que nos dá a condição de viajar para a Argentina com chances de classificação. Sabemos que depende só de nós. Temos que ganhar a partida, seja como for. E também esperar que o Toluca vença o Grêmio na última rodada.
A LDU pressionará o Grêmio desde o início?
Acredito que sim. Seria importante marcar um gol nos primeiros dez, quinze minutos. Mas também não vamos enlouquecer. Sabemos que é uma partida com dois tempos de 45 minutos. Então, também precisamos de paciência. Sabemos que o Grêmio não virá atacar, porque sofre muito com a altitude. Vimos isso no jogo contra o Toluca. Precisamos ser pacientes e não entregar lá atrás. Ultimamente, tivemos má sorte na defesa e perdemos jogos importantes.
Que lições a LDU levou do jogo de Porto Alegre?
Agora, vamos atacar mais. Propor o jogo, usar os lados do campo. Temos jogadores rápidos para tabelar em dois toques na frente. Tentaremos fazer isso para entrar na defesa do Grêmio. Quanto mais nós atacarmos, mais eles ficarão cansados e ficarão sem ar. E isso pode nos ajudar.
Como a LDU se beneficia da altitude de Quito?
Somos poderosos na altitude. Isto pode fazer a diferença para nós. No campeonato nacional, os outros times estão acostumados, não sentem tanto e se aproveitaram de nossa má sorte. Estamos perdendo muitas chances de gol, a bola não está entrando. Esperamos que contra o Grêmio a bola entre, que a gente não acerte na trave, não erre pênaltis e consiga a vitória, que é muito importante para nós.
O quanto pesa a ausência de Bolaños no Grêmio?
É um jogador de seleção, que está em um ótimo nível. Foi uma má atitude do jogador do Inter em atingí-lo daquela maneira. Mesmo que seja um rival, por mais intenso que o clássico seja. Mas é claro que a ausência dele nos favorece. É um jogador que briga muito, tem muita qualidade e técnica. Não ter ele em campo contra a gente é algo positivo.
Como é para você ser o principal jogador da LDU?
Não é tanto assim. Temos um ótimo grupo, com muita qualidade. Minha contratação foi um pedido do treinador passado e a diretoria fez uma força grande para me trazer. Tenho que fazer todo o possível para ajudar a equipe. Estamos passando por um mau momento, mas acredito que o time pode render muito mais porque temos grandes jogadores.
Você estudou o estilo do goleiro Marcelo Grohe?
É um bom goleiro, defende muito bem. Mas às vezes dá alguns rebotes. Precisamos levar em conta que a bola estará mais rápida para ele. E, se chover, como tem acontecido nos últimos dias, será mais rápida ainda. Precisamos aproveitar isso.
Como foi enfrentar Pedro Geromel no primeiro jogo?
É um jogador com muita experiência. Que fala muito em campo, organiza a defesa. Isso é muito importante para qualquer equipe. Vamos buscar a infiltração na defesa com tabelas para superá-lo. No mano-a-mano ele é muito forte, mas não é um zagueiro rápido.
Em qual jogador você se inspira?
Sempre gostei muito do Zidane, foi um craque. Também Ronaldinho, Neymar e Messi são extraordinários. Mas Zidane era fantástico. Quando eu era um menino, me impressionava muito. Sempre foi uma referência para a minha carreira.
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