O Grêmio precisa reencontrar as virtudes coletivas que ficaram em 2015: linhas compactadas, recomposição defensiva devotada e dinâmica no giro da bola. Nada disso se viu na Argentina, contra o San Lorenzo. Daí o drama, que só não virou fiasco pela atuação lendária de Marcelo Grohe.
É claro que o Grêmio tem de mudar. Se jogar como no Nuevo Gasómetro, perde para a LDU, em Quito. Mas é preciso distinguir mudar peças e mudar a ideia de futebol.
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Você pode trocar peças e até o esquema tático sem mexer na ideia, no conceito. É como fazem os grandes da Europa. Lá, eles não jogam na lata de lixo uma pré-temporada inteira e uma rotina de treinos montada para aprofundar determinada maneira de jogar.
Então, Roger pode trocar Marcelo Oliveira por Marcelo Hermes ou deixar Lincoln no lugar de Giuliano (este não parece estar bem clinicamente) ou Douglas, mas virar um time de contra-ataque, de cruzamento FC e da força em detrimento da técnica? E as sessões de treinos, pensadas e trabalhadas durante tanto tempo para mecanizar movimentos?
Abrir mão disso é apostar na crença no milagre como regra, e não exceção. Ouço aqui e ali defensores desta tese, naquela levada de que Libertadores é só choque, força, carrinho, catimba. Roger está certo em não aceitar que está tudo errado e que tem de mudar da água para o vinho. Calma. Treinadores acertam e erram, mas o do Grêmio não pode passar de revolucionário a imatura em um mês.
Não é por aí que o Grêmio irá recuperar o bom rendimento.
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