Indicado por Jorge Veras, o garoto Everton chegou ao Grêmio em 2013 com um aval e uma responsabilidade. A recomendação de um atacante que tinha virado ídolo da torcida nos anos 80 representava um certificado de qualidade. Ao mesmo tempo, o colocava na obrigação de ser tão efetivo dentro de campo quanto o conterrâneo de Fortaleza.
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O frio foi o primeiro obstáculo. Três anos depois da chegada, Everton ri do fato de ter trazido somente roupas de verão e sofrer durante os treinamentos no inverno. A recompensa pelos dois primeiros anos de poucas oportunidades veio com Roger Machado, que o converteu em titular. O gol marcado contra o Danubio, depois de uma arrancada de quase 80 metros, foi a comprovação de que o técnico fez a aposta certa.
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O crescimento dentro de campo é o resultado de um trabalho que também envolve nutricionistas e fisiologistas, além da comissão técnica. Everton saltou de 68 para 74 quilos e a massa muscular cresceu de 47 para 51.
Apegado a família, orgulha-se da tatuagem em que aparecem os pais e irmãos. Já são 18 espalhadas pelo corpo e ainda é só o começo, anuncia. O próximo passo é preencher todo o braço esquerdo com desenhos coloridos .
- Viciei e fui fazendo. Não sinto dor - garante.
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A saudade de Fortaleza será amenizada até a metade do ano, quando a namorada chegar à Capital. Everton já imagina contar com o apoio da amada Lorrany em um dos jogos da Libertadores. Até lá, será preciso manter a regularidade em campo para seguir merecendo a confiança de Roger.
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Você já entendeu porque não recebeu mais oportunidades com Enderson Moreira e Felipão?
Foi nomal. Era inexperiente. Ainda tinha essa dificuldade de discernir o momento certo de fazer a coisas, dar o passe, driblar, isso me prejudicou um pouco. Roger me ensinou a fazer certo. Tem me ajudado, espero continuar aprendendo.
O que você tenta melhorar nos treinamentos?
Tento melhorar a finalização com a perna esquerda, ainda está sem força e direção.
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De Fortaleza, também veio Jorge Veras, que o indicou para o Grêmio. Sua especialidade era fazer gols em Gre-Nais. Ele lhe contou isso?
Jorge era meu treinador. Sempre dizia que Gre-Nal é um campeonato à parte. E ele fez vários gols. Este é meu projeto também.
Você é um jogador muito próximo da família. Já consegue administrar melhor a saudade?
Acho que já estou mais acostumado. Sempre que posso, falo com eles pela internet. Ameniza um pouco.
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É a primeira vez que mora sozinho?
No ano passado, morava com o Breno (lateral esquerdo emprestado ao Vitória-POR) e, depois com o Araújo. Não é fácil, tem que saber cozinhar (risos). Não sou muito chegado. Procuro algo na inernet e tento fazer sozinho.
Qual sua especialidade?
Estrogonofe.
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Entre Enderson Moreira, Felipão e Roger, quem acrescentou mais em sua carreira?Os outros dois também eram ótimos. Talvez fossem um pouco fechados, não tinha muita conversa. Roger sempre fala comigo e com os outros, passa confiança. Isso tem sido importante na minha carreira.
Quais atacantes você gosta de ver atuar?
São vários. Romário, Ronaldo, Neymar, Cristiano Ronaldo, Douglas Costa. Procuro me espelhar em cada um e tentar passar para dentro de campo.
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Quando seu futebol começou a despontar, logo vieram notícias sobre o interesse de clubes ingleses. Aquilo mexeu com você?
Todo o jogador tem sonho de ir para a Europa. Fiquei feliz, mas procurei esquecer. Foi o Grêmio quem me abriu as portas. É aqui que quero conquistar títulos.
Já está habituado ao clima gaúcho?
Quando cheguei, não sabia que era tão frio, só trouxe roupas de verão (risos). Agora, com três anos, já me acho quase um gaúcho.
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