Foi superado o último entrave que impedia a OAS de vender a Arena ao Grêmio. Na madrugada desta sexta-feira, após uma assembleia que durou quase 12 horas, os credores da empreiteira aprovaram o plano de recuperação judicial apresentado à Justiça do Estado de São Paulo em junho.
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Com a decisão, a OAS agora tem segurança jurídica para vender a Arena ao Grêmio. A direção do clube ainda não foi informada oficialmente do resultado da assembleia pela parceira, mas já vislumbra o início de 2016 com o controle da gestão do estádio.
Ainda em setembro, o clube chegou a um acordo com a OAS e com os bancos Santander, Banrisul e Banco do Brasil para a conclusão do negócio. A última etapa antes da assinatura do contrato final será a aprovação da transação pelo Conselho Deliberativo gremista. A comissão de assuntos legais e estatutários e o conselho fiscal analisarão o documento antes de submetê-lo à votação.
Arena parcelada: Grêmio pagará R$ 384 milhões em 19 anos à OAS
Para comprar a Arena, o Grêmio desembolsará R$ 384 milhões em um prazo de 19 anos. O pagamento do débito ocorrerá em duas partes. Na primeira, que vai durar sete anos, o clube paga R$ 168 milhões, em parcelas mensais de R$ 2 milhões aos bancos, para quitar o financiamento obtido junto ao BNDES para a construção do estádio.
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Nos 12 anos seguintes, o pagamento será feito à OAS, que receberá R$ 216 milhões em parcelas mensais de R$ 1,5 milhão – o mesmo que o Grêmio hoje paga para acomodar os associados no quarto anel da Arena. O clube também cede a área do Estádio Olímpico, avaliada em R$ 180 milhões, à OAS.
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A aprovação do plano de recuperação judicial de OAS dependia de um acordo com o fundo canadense Brookfield. Durante a madrugada desta sexta, foi assinado um contrato para o repasse da fatia de 24,4% que a empreiteira detinha da holding de infraestrutura Invepar, avaliada em R$ 1,35 bilhão.
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Com a concordância dos credores, a dívida total da OAS, que soma cerca de R$ 10 bilhões, variáveis pela cotação do dólar, será reduzida em 70%. A maior parte dos débitos diz respeito a investidores internacionais, detentores de títulos da dívida da empreiteira no Exterior. Além disso, os pagamentos pendentes serão renegociados em longo prazo.
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