O time que começou o ano com dois centroavantes hoje atua sem nenhum camisa 9. No Grêmio de Roger Machado, não há quem guarde posição no ataque. Até agora, os resultados têm sido positivos. O modelo volta a ser testado nesta quarta-feira, às 22h, na Arena, contra o Cruzeiro.
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Trata-se de uma pequena revolução, considerada a tradição do clube de sempre apostar em atacantes cuja característica mais forte era embrenhar-se na área e cavar espaço entre os zagueiros. Era o caso de Jardel, Baltazar e Lima e, mais recentemente, Borges e André Lima. Sem falar em Alcindo, que marcou 264 gols nas décadas de 60 e 70. Ou Juarez Teixeira, 202 gols entre os anos 1950 e 1960.
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Tudo indicava que a tradição seria mantida em 2015. No primeiro jogo da temporada, contra o União Frederiquense, pelo Gauchão, o time contava com Barcos e Marcelo Moreno. Na partida seguinte, o argentino já havia se transferido para a China e abriu espaço para Lucas Coelho, outro centroavante "de ofício".
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O conceito do centroavante à moda antiga ainda sobreviveria com Everaldo e Braian Rodríguez. Até que Roger Machado passou a jogar todas as fichas em Luan e Pedro Rocha, dois atacantes móveis.
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O segredo de Roger Machado é distribuir entre todos os jogadores a função de marcar gols. Giuliano ilustra bem a tese. Desde a chegada do treinador, já fez três gols - contra Goiás, Corinthians e Atlético-PR. O meia cumpre à risca a determinação de pisar na área adversária.
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Vale o mesmo para os volantes. Com frequência, Walace tem arriscado os arremates. E Maicon marcou contra o Palmeiras o primeiro gol desde sua contratação, em março.
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Luan, que fez gols contra Corinthians e Avaí, tem vencido a resistência até mesmo dos torcedores mais exigentes. Sua movimentação por todos os lados do campo e contribuição como marcador não passam despercebidas. Contra o Avaí, foi o melhor jogador da partida. Quanto a Pedro Rocha, tornou-se peça indispensável na engrenagem do time, pela ousadia nos dribles e eficiência nas finalizações. Do quarteto ofensivo, só Douglas ainda não fez gol.
Quinto colocado, com 17 pontos, o Grêmio depende de insucesso do Fluminense, que receberá o Santos, nesta quinta-feira, no Maracanã, para ingressar no G-4. Curiosamente, será beneficiado por uma derrota do Sport, que enfrenta o Inter, em Recife, para não se distanciar do líder.
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