Ainda que a partida entre Grêmio e Ypiranga tenha sido de um time só e o placar de 4 a 0 reflita a superioridade tricolor em campo, o técnico Vanderlei Luxemburgo tratou de evitar a euforia na entrevista coletiva após a goleada no Estádio Olímpico. Para o treinador, ainda há muito o que ser feito e, com o retorno dos jogadores que estão no departamento médico, a equipe poderá alcançar aquilo que ele tem em mente.
- Temos de melhorar bastante, estamos caminhando na direção certa, mas para passar confiança para a imprensa, para a torcida, estamos longe ainda - resumiu.
- O André (Lima) tem de escorar, fazer o pivô, fazer o um, dois... É uma adaptação. Eu estou mostrando para ele que ele pode melhorar, como fazer mais gols. Se ele sai para os lados ele não rende, lado da área é para velocista - exemplificou.
O técnico evitou perguntas sobre a titularidade de Miralles. Desconversou quando perguntado sobre a manutenção do centroavante no time, mas confirmou Bertoglio contra o Canoas. A mudança de última hora ocorreu pois Bertoglio estava há dois jogos sentindo um desconforto muscular. Porém, na semifinal do próximo sábado, Bertoglio estará de volta ao time.
- O profissional tem de estar preparado dos dois lados: eu aqui e vocês (jornalistas) aí. Eu não estou irritado, eu sou preparado para estar aqui. Quando você me pergunta sobre maçã, eu te respondo sobre banana - brincou o técnico.
- Miralles entrou, acertou, errou. O assunto Miralles era o assunto do momento. Quando reintegramos ele sabíamos que ele seria a bola da vez. Ele está dentro do nosso trabalho e sabemos que ele pode ser útil, pode ajudar. Está tudo dentro de uma normalidade - resumiu o técnico.
Para o treinador, mais importante que a escalação do time está a conquista do vestiário. Luxemburgo deixou claro que não será a pressão da imprensa ou a opinião pública que fará com que Miralles - ou qualquer outro jogador - seja escalado.
- Pode jogar o Miralles com o Bertoglio, depende do jogo. De repente em um jogo pode, no outro não. Eu tenho de ganhar meu vestiário. Eles (os jogadores) têm de saber que tem alguem que comanda, que tem grupo, que resolve ali dentro - concluiu.