Jogadores, técnicos, dirigentes e imprensa, por diversas razões, sentiam falta da torcida nos estádios. Talvez os únicos que não tinham lá tanta saudade assim fossem os árbitros. Mas Marcus Vinícius Gonçalves, que apitou o clássico Ba-Gua 428, o primeiro jogo com público após o início da pandemia, garantiu estar feliz.
Ao final do confronto, que terminou empatado em 1 a 1, o juiz, que viajou de Porto Alegre para comandar o jogo, afirmou:
— Assim que apitei o início da partida, falei para os companheiros no comunicador: "Que saudade eu estava dessas torcidas". Sabemos que os cuidados precisam ser tomados, mas o barulho do público é bom demais. É de arrepiar a volta da torcida.
Desde que soube da escala, o árbitro afirmou ter feito uma preparação extra, estudando as partidas. Como já conheciam os jogadores, ele e seus assistentes montaram um plano para o jogo.
O comportamento dos profissionais (e até do público, tirando, é claro, aquelas situações pontuais de descontentamento) ajudou. O Ba-Gua terminou com 22 jogadores para cada lado e elogios, principalmente do técnico Badico, do Guarany-Ba.