Os hematomas se espalham pelo rosto, pelos braços e pelas pernas da estudante Bruna Albuquerque, 20 anos. A pelotense era uma das 32 pessoas presentes no ônibus que tombou no km 70 da RS-135, em Erechim, norte do Estado. Eles retornavam da partida Ypiranga 2x1 Pelotas, pela terceira rodada do Gauchão.
A viagem havia começado pouco depois do apito final do jogo no Colosso da Lagoa. Cansada e triste pelo resultado, Bruna diz que tinha virado de lado para dormir. Acordou, segundo ela, com o veículo desviando e percebeu que cairiam no barranco.
— Tinha me ajeitado para dormir e pouco antes coloquei o cinto. Parece que foi um aviso — relata.
O colega de poltrona caiu por cima, e ela bateu a cabeça no vidro. Por sorte, não ficou desacordada. Ergueu-se e conseguiu quebrar os vidros para sair do ônibus. Os demais torcedores que conseguiram também subiram o barranco para procurar ajuda.
— Mas quando subimos, já tinha ambulância. O atendimento foi rápido e muito bom — elogia a torcedora.
Acostumada a viajar para ver o time, Bruna afirma que não pretende deixar de acompanhar a equipe:
— No início, vou ter medo da estrada, mas o amor pelo Pelotas não muda, continua sempre.