Antônio Carlos Zago começa sua segunda temporada no Alfredo Jaconi. O treinador chegou para completar rodadas finais em 2015 e 2017. Mas só iniciou e terminou em 2016, quando conquistou o acesso à Série B, o vice-campeonato estadual e chegou nas quartas de final da Copa do Brasil. Até por isso, esse é o principal objetivo do treinador no ano que se inicia. Zago quer encerrar 2018 no comando técnico do Juventude.
Entre as novidades nesta nova fase de Antônio Carlos no clube, está a ausência de Galeano. O auxiliar-técnico, que sempre foi o fiel escudeiro do treinador no Ju, Inter e Fortaleza, se afastou neste ano por questões particulares.
Zago conhece o Juventude como jogador e como técnico vitorioso. Agora, parte para uma nova temporada, e desafios ainda maiores. São dois acessos da Série C para a B nos dois últimos anos — com Juventude e Fortaleza —, o que só aumenta a expectativa para o 2018 alviverde. Zago tem alguns objetivos pessoais no Alfredo Jaconi. Se cumprir parte deles, pode recolocar o clube de volta à Série A do Campeonato Brasileiro, o que acredita ser possível.
Utilização de atletas da base
– É a política do Juventude. Formar jogadores e vendê-los para ajudar em contratações e manter a estrutura do clube. Mas não é de uma hora para outra que se forma isso. Eles têm que ter uma base quando estão nos juniores. Os que vão jogar a Copa São Paulo, por exemplo, vão ser vistos com todo o carinho, como sempre. Faz parte da minha filosofia e que se encaixa com a do clube. Esperamos que possam fazer uma boa Copinha, os que vão à Copa Santiago (sub-17) também. Estamos de olho em todas as categorias aqui do Juventude.
Adversários do Gauchão
– As equipes vêm se reforçando bastante. As que ficaram praticamente paradas no segundo semestre são as que mais vão contratar. O Caxias, o Veranópolis e outras equipes do interior. Do Brasil-Pel saíram vários jogadores. Eles procuraram correr e acertaram alguns reforços. Nós também. Fizemos até agora seis contratações (incluindo o atacante Guilherme Queiróz e o zagueiro Cesar Martins, que devem chegar esta semana), tem o Fernando que subiu da base e mais alguns da Copa SP. Depois é trabalhar em cima de dois ou três nomes. Estamos montando uma equipe para fazer um bom Gauchão.
Diego Felipe
– Não houve um acerto com a diretoria da parte financeira. Talvez o Diego Felipe possa ser repatriado na Série B, por ser um jogador interessante. Deixei bem claro para a diretoria que é um atleta que me agrada, e muito. Não houve acerto e temos que nos encaixar dentro daquilo que é a realidade do clube.
Caprini
– O Caprini é formado na base do clube e não tinha por que emprestá-lo. É um jogador de velocidade e bom no um contra um. Vamos procurar ensiná-lo mais ainda, educá-lo da melhor maneira possível. Não só dentro de campo, mas fora também. Todos os jogadores têm de ter uma vida regrada fora de campo. Isso tem que ser levado em conta. Futebol hoje é muito profissional. O Caprini, por ser jovem, pode aprender isso também. Espero que possa crescer e conseguir os objetivos junto com o Juventude.
Objetivos do Ju e do Zago
– Meu primeiro objetivo é terminar o ano aqui no Juventude. Fazer um bom Campeonato Gaúcho e sonhar na Copa do Brasil. Chegamos longe em 2016 em cima desse sonho. O Gauchão é uma base para a Série B. O Juventude, por ser a terceira força do Estado, tem como objetivo chegar, ao menos, na semifinal do Gauchão. Na Série B, é conseguir o acesso.
Série B 2018
– É um campeonato super difícil. Mas se conseguirmos montar uma base forte no estadual, temos condições de brigar pelas primeiras colocações este ano. Vejo ela bem mais difícil do que foi a do ano passado. Mas se nos prepararmos bem, vejo que teremos condições de brigar pelas primeiras colocações e recolocar o Ju na Série A.