Poucos sabem, mas a final do Gauchão de 2017 bem poderia ser disputada em uma Arena para 20 mil lugares, nos padrões da Fifa e com o naming rights de uma grande cervejaria. Isso se o projeto elaborado em 2013 tivesse ganhou corpo e sido concluído.
Em um rápido resumo, tudo começou no embalo das construções dos estádios da Copa de 2014. O Novo Hamburgo, na época comandado pelo presidente Carlos Duarte e com o gerente executivo Maurício Andrade à frente, traçou um projeto ousado de jogar a Série B em 2017. Vitaminado pela promessa financeira de um investidor, o Novo Hamburgo contratou um projeto ao stúdio de arquitetura Borba Neto, de Bagé, para ampliar e modernizar o Estádio do Vale. A inspiração veio da Vila Belmiro, com os camarotes à beira do campo, e o Independência, com as torres nos escanteios que abrigariam a administração do clube.
Houve reuniões com Andrade e Duarte em Novo Hamburgo e apresentação do projeto à Brasil Kirin, numa tentativa de vender os naming-rights. O custo total da obra seria de R$ 36 milhões. O estádio ganharia uma esplanada, campos anexos de treino, estacionamento para mil veículos e lojas na fachada.
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Conforme Andrade, o investidor deixou o clube pendurado, e Duarte decidiu não seguir no comando ao final de 2013. O projeto acabou guardado numa gaveta do escritório do arquiteto Dineu Borba Neto. É tratado como o filho mais bonito do seu studio. Com o bom momento do Novo Hamburgo, ele resolveu tirá-lo do arquivo e mostrar como poderia ser a casa da final do Gauchão 2017. Um sonho que ficou pelo caminho e, infelizmente, bem distante da realidade financeira do clube.