O presidente do Passo Fundo, Evandro Zambonato, conversou com Zero Hora a respeito do rebaixamento do clube para a Divisão de Acesso.
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O que deu errado?
Ainda estamos absorvendo, mas chegamos a algumas conclusões. A primeira é que isso um dia aconteceria. Podia dar errado ficar sem jogar o segundo semestre, juntar 20 e poucos jogadores diferentes todos os anos para uma pré-temporada e disputar o campeonato. Deu. Desde que voltamos à primeira divisão, nunca nos classificamos. Agora a falta de continuidade cobrou a conta. O segundo problema foi o que me pareceu falta de convicção. Ficamos 60 dias em pré-temporada treinando em um esquema. Depois de um jogo e uma derrota, trocamos. Na mudança de técnico (Paulo Porto deu lugar a Leocir Dall'Astra), também houve isso. Não funcionou.
Como avalia a troca de treinador?
Não funcionou. Tanto o Paulo quanto o Leocir são meus amigos, gosto muito do trabalho deles, mas não deu certo.
E os jogadores?
Dei entrevista recentemente falando sobre a necessidade de uma entrega maior, de não manchar os nomes na história do clube. Era um desabafo de um presidente desesperado. Não tenho queixas do comportamento deles. Pelo contrário, eram até pacíficos demais. Faltou alguém para chutar a porta em derrota. Talvez tenha faltado capacidade de reação. Mas não tivemos salários atrasados e adiantamos a folha deste mês, além de garantir um bicho extra enorme pela permanência. Investimos alto (R$ 230 mil mensais) e estamos decepcionados.