O desfalque de Helder, meu voto para lateral-direito na seleção do campeonato, é terrível para o Juventude. Ele é uma jogada forte de flanco. Seja qual for o substituto, Dudu ou até Dieguinho, é menos do que Helder.
Mas o craque do Jaconi tem nome diferente. Chama-se liga. O Juventude e seu 4-2-3-1 deram liga. A partir da goleada sobre o Ypiranga nas quartas, o time decolou. A vitória sobre o Grêmio é plena de confiança e grandeza. A classificação na Arena? Mais ainda. Claro que há o goleiroElias, o artilheiro Roberson e as cobranças de falta de Itaqui, mas a liga é que entusiasma a papada.
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No meio da semana, com os reservas, 2 a 0 no Tocantinópolis e a cota da próxima fase da Copa do Brasil no bolso. É um triunfo atrás do outro. Os titulares ficaram só pensando naquilo. O Juventude enfrentará o Inter em seu melhor momento, com chances reais de ser campeão.
Subirei a Serra de casaco, cachecol e gorro para a transmissão da RBS TV, mas a temperatura do jogo talvez os torne dispensáveis. O Inter de Argel não tem nada de inovador ou diferente. Pode vir a ter se o técnico receber reforços, embora eu entenda que o time, com estas peças, já deveria estar jogando mais futebol. Mas há um mérito de Argel sobre o qual não pode pairar dúvida.
O Inter se livrou do mal crônico do cansaço. O elenco rejuvenesceu. Agora reúne condições de disputar palmo a palmo até o apito final. De que adiantava dar show por 30 minutos e colocar tudo fora nos outros 60? É preciso mais experiência no Brasileiro, mas fôlego é fundamental. O Inter pode não ser criativo, mas se defende com humildade e disciplina.
Fala-se em Vitinho e Sasha para decidir no 4-2-3-1 de Argel, mas e Andrigo? Ele quer chancelar sua passagem de promessa à realidade, e nada melhor do que uma decisão para isso. Talento não lhe falta.
Juventude e Inter apresentam suas armas para o primeiro jogo da final do Gauchão 2016.
*ZHESPORTES