A frágil defesa gremista destoou. Falhou em série contra o Juventude, na quinta-feira passada, na Serra. O Grêmio perdeu o jogo e um naco da sua aparente tranquilidade. Precisará marcar três gols no encontro de volta das semifinais, neste domingo, na Arena. É tarefa rara, mas são as surpresas que oferecem paixão e vida longa ao futebol.
Fossem sempre os mesmos vitoriosos, as competições seriam um convite ao sono profundo. A defesa gremista facilitou a possibilidade título ao rival, asfaltou um caminho. Caiu no momento mais crítico do Gauchão. A ausência de títulos passa pela insegurança e fragilidade de alguns jogadores gremistas.
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A boa defesa de 2015 se desmanchou. O correto seria contratar dois laterais e um zagueiro. Simples. Os novos atletas chegaram, mas sem a qualidade exigida, se vê agora. O erro de avaliação é histórico.
Ao contrário do Grêmio, o Inter não necessita de três estufadas de rede neste sábado contra o São José. Na teoria, basta um gol. Até o empate com gol serve. São poucos os que acreditam que o Zequinha possa superar o Inter, mesmo com o alienígena gramado sintético da Passo D'Areia correndo ao seu lado. Achance foi perdida no 0 a 0 do Beira-Rio, no sábado passado.
As diferenças salariais entre os dois times não caberiam no Cânion Itaimbezinho. O orçamento de um ano do São José não cobre meia folha de pagamento mensal do vizinho da Capital.
O Inter é favorito para vencer o jogo e passar de fase. O Grêmio é favorito também, mas precisa fazer três gols e não sofrer nenhum. Pode ser favorito para vencer a partida, não tanto para alcançar a final. No campo de jogo, o Juventude parece mais equipado do que o São José para encontrar o melhor resultado.
Os dois jogos decisivos das semifinais do Gauchão 2016 oferecerão doses extras de emoção e tensão. Quem disse que a competição regional não vale nada? Vale muito, vale demais quando as fases mais decisivas se sucedem.
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