Ele construiu um time com a defesa menos vazada do Gauchão. Só levou sete gols. Pedalou o Grêmio na Arena e empatou no gramado sintético do Passo D’Areia com o Inter. O São José é organizado. Manteve-se no alto durante a primeira fase mesmo perdendo jogadores. O meia Cleyton foi para o Sport, por exemplo. No Redação SporTV, após a vitória sobre o Nóia nas quartas, inventei o São Joseister, alusão óbvia ao incrível Leicester, virtual campeão inglês. Até as cores são iguais. Enfim: como surpreender o Inter na semifinal? Fala o técnico China Balbino (foto acima), 36 anos.
O São José é o Leicester gaúcho?
Sim (risos). Este feito nosso é algo bem marcante. Fortaleceu o nosso trabalho, realizado em equipe. Ultrapassamos também as potências do Interior, que sempre serão Juventude, Brasil-Pel e o próprio Caxias, que agora está na Divisão de Avesso. Não se trata apenas de encara a dupla Gre-Nal, portanto. Entramos para a história do São José e do Gauchão. Claro que o investimento do Leicester nem se compara ao nosso, mas dá para fazer um paralelo, até em razão da solidez defensiva e do fator surpresa das duas equipes, em seus contextos e realidades.
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O São Paulo-RG veio ao Beira-Rio e só se defendeu. E você?
Temos um estilo e um conceito de futebol bem definidos. Não abriremos mão deles. A marcação forte é nossa marca, admito. Mas, com a bola, temos qualificação para agredir. Tentaremos neutralizar os pontos fortes do Inter. Vamos ao Beira-Rio para fazer um jogo de concentração e excelência.
Qual o futuro de China Balbino?
Sou funcionário do clube. Temos a Série D no horizonte, no segundo semestre. Sei da minha exposição em razão das metas alcançadas, mas sou pé no chão. Por enquanto, minha cabeça é o São José. O futuro é lá adiante.