Já começou, de novo, o nosso cafezinho, o nosso ruralito, o nosso engana bobo de todos os anos. É o "charmoso" Gauchão, com jogos ruins, público ruim, desequilíbrio técnico gritante e aquela sensação de perda de tempo. Para mim, os Estaduais são um exemplo acabado do mofo que ainda habita os gabinetes de quem comanda o futebol brasileiro.
Por que ainda existem campeonatos estaduais no Brasil? (Somos o único país do mundo a praticar tal excentricidade.) Basicamente, por causa de São Paulo. Lá, quatro times grandes dividem a torcida do Estado, um interior rico e pujante traz público aos estádios e torna o campeonato interessante e lucrativo, com rendas e cotas de TV que agradam a todos. Mas São Paulo, neste aspecto, é uma ilha de prosperidade - nem no Rio de Janeiro se consegue repetir esta fórmula, muito menos nos outros Estados do país.
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Muito bem. Mas o que fazer no lugar dos regionais? Sou a favor de um Brasileirão maior, durante todo o ano, porém com uma Fórmula Fraga (aquela que zera os pontos a cada turno) e um quadrangular final para apontar o campeão. Com o fim dos Estaduais, teríamos datas para isso e, também, para pré-temporadas maiores, com excursões pelo Exterior, fundamentais para aumentarmos o mercado dos clubes brasileiros.
Enquanto isso não acontece, pois todas as mudanças no futebol brasileiro são lentas, sugiro que se coloque no regulamento do próximo Gauchão a obrigação de que Inter e Grêmio joguem com seus times Sub-20. Pelo menos, teríamos a possibilidade de conhecer novos garotos que logo adiante estariam nos times titulares e o campeonato ficaria mais equilibrado tecnicamente. Mas precisa estar no regulamento, pois, se não, no primeiro tropeço dos times nós, dirigentes, não aguentamos a pressão e mudamos tudo o que foi planejado, como a história já mostrou.
Tudo isso são ideias para o futuro. Enquanto isso, vale a máxima de que só existe uma coisa pior que ganhar o Gauchão: perdê-lo!!! Então, vamos, Inter, vamos ser hexacampeões!
*ZHESPORTES
