A Associação Lajeado de Futsal (Alaf) não realizará os dois jogos previstos para esta semana pelo Gauchão de Futsal. As partidas contra a Assoeva, nesta quarta (13), e o Guarani, no sábado (16), serão transferidas para outras datas em função da impossibilidade de a equipe utilizar o ginásio da Univates e o Ginásio Cláudião, em Lajeado.
Segundo o diretor da Alaf, André Delazeri, a decisão de suspender os jogos foi tomada pelo fato de que o Ginásio da Univates serve de acampamento para militares que trabalham nas cidades atingidas na cheia do Rio Taquari. Já o Ginásio Claudião, outro espaço utilizado para os jogos da equipe, foi inundado na semana passada, o que teria prejudicado a estrutura para a prática do futsal.
— Já fomos para o jogo contra o Passo Fundo (no último sábado) praticamente sem treinar. Tínhamos de jogar. Nesta semana, ainda não conseguimos treinar. Não vamos realizar os jogos agora, mas eles terão de ocorrer em setembro ainda. Sabemos que a prioridade, no momento, não é o futsal, é preservar vidas, como tem que ser — explica Delazeri.
A alternativa estudada pela Alaf é buscar outro ginásio para atuar — o da ACBF, em Carlos Barbosa, é um dos cogitados — ou inverter mandos de quadra. A dificuldade na escolha está nas dimensões das quadras, que precisam ter entre 36 e 40 metros de comprimento e entre 18 e 20 metros de largura para estar no padrão da Liga Gaúcha.
O próprio dirigente teve prejuízos por conta da cheia. André Delazeri mora no município de Arroio do Meio, próximo à Lajeado, e teve a casa atingida pela água em 5 de setembro. Ele conta que já tinha visto outras enchentes do Rio Taquari, mas que nunca havia sido afetado. A água subiu cerca de um metro de altura, e ele perdeu vários móveis. O prejuízo é estimado em, pelo menos, R$ 10 mil.
— Todo o Vale do Taquari foi afetado de alguma forma. Se a água não chegou na tua casa, tu conhece alguém que foi atingido. Tenho um vizinho que já se mudou por medo de outra cheia e sei que há muita procura por aluguel de casas onde a água não chega. A prioridade no momento não é o futsal, é preservar vidas — comenta o diretor.