As quartas de final da Copa do Mundo Feminina não terão os Estados Unidos pela primeira vez na história. Mesmo assim, grandes confrontos são esperados a partir desta quinta-feira (10). Os duelos seguirão sendo transmitidos nas madrugadas e começo das manhãs no horário de Brasília, por conta da diferença de fuso horário em relação a Austrália e Nova Zelândia.
Das 32 equipes que iniciaram a disputa no último dia 21 de julho, apenas oito delas seguem na busca do título. Em caso de empate nos 90 minutos, as partidas irão para a prorrogação. Caso a igualdade do placar se mantenha, as penalidades vão decidir quem sai vitoriosa do confronto.
O que esperar de cada jogo:
Espanha x Holanda - quinta-feira, às 20h
O embate entre duas seleções que não chegaram como favoritas, mas começaram a atrair olhares durante a Copa do Mundo. Vice-líderes do grupo na fase inicial, as espanholas chegam após três vitórias por goleada e uma derrota (também por placar elástico, para o Japão). A expectativa, agora, é contar com o protagonismo de Alexia Putellas em busca de uma taça inédita.
As holandesas passaram pela África do Sul no mata-mata e, antes disso, tiveram o empate com os Estados Unidos como resultado mais expressivo da primeira fase — além desse resultado, venceram Portugal e Vietnã para terminar na liderança do grupo. A artilheira da equipe é a meia Roord, com quatro gols. Além dela, a atacante Lieke Martens também requer atenção na próxima fase.
Japão x Suécia - sexta-feira, às 4h30min
O embate será o único que ainda envolve uma campeã mundial. As japonesas, que conquistaram o título em 2011, chegam com 100% de aproveitamento. Ao longo dos quatro jogos iniciais, marcaram 14 gols e sofreram apenas um — nas oitavas de final diante da Noruega. A seleção ainda conta com a artilheira da Copa, a atacante Miyazawa, com cinco gols.
Pela frente terão a Suécia, que chega após eliminar os Estados Unidos nos pênaltis na etapa anterior. Ao longo da primeira fase, venceram África do Sul, Itália e Argentina para ficar na liderança do grupo. A artilheira da equipe é a zagueira Ilestedt, com três gols.
Austrália x França - sábado, às 4h
Anfitriãs, as australianas querem superar a melhor campanha em Copas. Em 2007, 2011 e 2015 chegaram às quartas, mas foram eliminadas. Agora, o sonho é de dar um passo além contando com o apoio das arquibancadas. Ao longo das duas fases iniciais, venceram três jogos — incluindo o mata-mata contra a Dinamarca — e foram derrotadas em apenas uma oportunidade, para a Nigéria. Ao todo, são nove gols marcados e três sofridos. A expectativa, neste duelo, é contar com a craque Sam Kerr pela primeira vez desde os minutos iniciais.
As francesas, por sua vez, iniciaram a Copa sob desconfiança. Logo na estreia, empataram com a Jamaica sem gols. Depois, no entanto, empilharam vitórias sobre Brasil (2 a 1), Panamá (6 a 3) e Marrocos (4 a 0) para chegar às quartas de final. A artilheira Diani, com quatro gols, é um dos destaques da equipe. Assim como a zagueira e capitã Renard, ela fez parte do grupo de jogadoras que renunciou à seleção por críticas à ex-técnica Corinne Diacre. A atacante voltou a defender a França apenas após a troca no comando.
Inglaterra x Colômbia - sábado, às 7h30min
Campeãs da Euro, as inglesas chegaram à Copa com um status de favoritas que ainda não foi confirmado. Na fase inicial, encerraram na liderança do grupo, com 100% de aproveitamento. No entanto, as atuações não convenceram. Diante do estreante Haiti, vitória por 1 a 0. Depois, sobre a Dinamarca, o triunfo veio pelo mesmo placar. A única goleada foi sobre a China, por 6 a 1, na rodada derradeira.
A classificação às quartas veio de forma dramática: nos pênaltis, a Inglaterra precisou vencer a Nigéria por 4 a 2 para avançar. Na próxima fase, ainda terão um problema: a atacante e artilheira Lauren James, expulsa no último compromisso, ficará de fora do mata.
A Colômbia chega como zebra, mas com confiança às quartas. Na fase inicial, veio a liderança do Grupo H, com direito a vitória sobre a Alemanha, por 2 a 1. Depois, nas oitavas, o triunfo sobre a Jamaica. Chegando pela primeira a esta fase, as colombianas são as únicas sul-americanas ainda vivas na disputa da Copa. Para dar um passo a mais, contarão com o brilho de Linda Caicedo. A atacante do Real Madrid é a artilheira da seleção, com dois gols.