Um dos mais tradicionais times de futebol feminino gaúchos, o Brasil de Farroupilha passa por dificuldades para a disputa do Gauchão. Com início previsto para 29 de julho, em menos de um mês, o time rubro-verde corre atrás de recursos para viabilizar a participação e o sonho do tricampeonato do Interior.
Na estimativa do clube, serão necessários cerca de R$ 60 mil para disputar o campeonato. A FGF auxilia com cerca de R$ 20 mil. Portanto, seriam necessários mais R$ 40 mil para arcar com todos os custos e brigar pelos objetivos no Gauchão.
— Hoje, se formos contar com todas as despesas de alojamento, alimentação, transporte para os jogos, despesas com atletas, ajuda de custo para as que vêm de fora, passagens, tudo isso, estamos calculando cerca de R$ 60 mil para poder disputar a competição em aproximadamente quatro meses. A FGF ajuda com um certo valor que seria R$ 3 mil por partida. Na primeira fase, temos sete jogos, então contaríamos com R$ 21 mil. Tem alguns descontos nesse valor, então seria em torno de R$ 20 mil, e ficaria faltando R$ 40 mil para disputarmos. Esse é o principal empecilho — ressalta o diretor do departamento feminino, Adriano Padilha.
Para chegar ao valor necessário, o Brasil-Far conta com renda de bilheteria, empresas parcerias e doações de voluntários:
— Então, estamos aqui para fazer esse apelo para a comunidade não só de Farroupilha, mas para quem se dedica aos esportes e tem uma paixão pelo futebol feminino, que hoje tem uma visibilidade grandiosa. Faltando menos de um mês para começar o campeonato, se pensarmos apenas nesse recurso, o Brasil-Far não teria condição de disputar totalmente a competição por falta dessa verba. Estamos trabalhando para buscar, mas ainda é insuficiente para que possamos alcançar o objetivo que é essa vaga para o Brasileirão Feminino A-3. Precisamos de apoio.
Todos os interessados em ajudar o clube podem entrar em contato por meio das redes sociais (clicando aqui) ou pelo telefone (54) 9 9621-8350, com Adriano Padilha. O clube está aberto a negociar com apoiadores interessados e trabalha com várias possibilidades.
— Temos a opção de colocar na camisa a marca das empresas, placa de publicidade no estádio, opção de redes sociais. Daqui a pouco, o valor é um pouco menor, e a gente vai lá e publica um card dizendo que a empresa é de tal cidade e está incentivando o crescimento do futebol feminino. Então, são várias opções para que essas empresas possam destinar algum valor para nós. Muitos valores também podem ser dados de forma voluntária — afirma.
O objetivo do clube, que é o único bicampeão do Interior e já disputou a Série A-2 do Brasileirão Feminino em duas oportunidades, é voltar a figurar no cenário nacional. Para jogar a Série A-3 em 2024, o rubro-verde tem de fazer uma campanha superior a seis times do Gauchão — o Brasil-Far só pode ficar atrás de Grêmio, Inter e Juventude, que já têm vagas asseguradas no Brasileirão da próxima temporada.
— Não existe disputar uma competição apenas por entrar nela, o Brasil-Far é uma equipe de tradição no futebol feminino, é um dos pioneiros na Serra Gaúcha, é bicampeão do Interior. Então, a gente almeja buscar mais uma vez essa vaga tão importante para o Brasileirão A-3. O Brasil-Far jogou por duas oportunidades a Série A-2, e a nossa ambição na temporada é conquistar essa vaga para o Brasileirão do ano que vem.
O time de Farroupilha estreia diante do Elite no Gauchão Feminino. A partida está prevista para 29 ou 30 de julho, no Estádio das Castanheiras, ainda sem horário confirmado.