A Seleção Brasileira é favorita, mas precisa tomar cuidado com a Sérvia. Isso porque o adversário do Brasil na estreia da Copa do Mundo, nesta quinta-feira (24), é um time perigoso no ataque, forte na bola aérea e com jogadores de destaque no futebol europeu.
O retrospecto recente dá um bom indicativo da força dos sérvios. Nas Eliminatórias, a seleção garantiu classificação com seis vitórias e dois empates em oito jogos, terminando como líder do Grupo A, à frente da forte equipe de Portugal. Na Liga das Nações B, o time conseguiu o acesso ao superar Noruega, Eslovênia e Suécia.
E, se alguém espera encontrar aquela mesma Sérvia que perdeu para o Brasil por 2 a 0 na Copa do Mundo de 2018, é melhor mudar de ideia. Mais madura e com alguns acréscimos importantes na equipe, como o atacante Dusan Vlahovic, da Juventus, a seleção é a principal candidata à segunda força do Grupo G.
Pontos fortes da Sérvia
A força ofensiva é o principal trunfo da Sérvia para tentar garantir a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo. Além de um meio-campo forte, com nomes de destaque no cenário europeu como Dusan Tadic, do Ajax, Sergej Milinkovic-Savic, da Lazio, e Filip Kostic, da Juventus, os homens do ataque são artilheiros natos.
Aleksandar Mitrovic, do Fulham, e Dusan Vlahovic, da Juventus, somam, juntos, 59 gols em 2022. O número aumenta para 69 se considerarmos também o reserva Luka Jovic, da Fiorentina. Os números superam os de Richarlison, Gabriel Jesus e Pedro juntos, para se ter uma ideia do poder ofensivo da Sérvia.
Tadic é o principal articulador do time. Partindo da direita para o meio, é preciso ficar de olho nele. Capitão, camisa 10 e homem das bolas paradas, quase todas as jogadas de ataque passam por este jogador. E é ele o responsável pela principal jogada da Sérvia: a bola aérea. Com dois centroavantes altos e bons cabeceadores, a equipe costuma usar esta valência para superar adversários mais fortes. Portanto, será preciso atenção redobrada da defesa brasileira.
Pontos fracos para o Brasil explorar
Mas nem tudo são flores. A Sérvia tem fragilidades que podem — e devem — ser exploradas pela Seleção Brasileira. A principal delas é a fragilidade pelo lado esquerdo da defesa, onde o zagueiro Strahinja Pavlovic, do Red Bull Salzburg, costuma ter dificuldade no um contra um. Com Raphinha ou Anthony caindo no setor, é possível que o adversário tenha de dobrar a marcação para conseguir conter os extremas brasileiros, o que pode abrir espaços.
Pela força na bola aérea, a Sérvia costuma fazer muitos cruzamentos. Portanto, se os jogadores brasileiros conseguirem dificultar esta arma da equipe adversária, poderá tirar vantagem.
Outro ponto que o Brasil pode explorar é a questão física dos principais jogadores sérvios. Vlahovic tem convivido com dores na virilha, enquanto Mitrovic ficou de fora das duas últimas partidas do Fulham antes da Copa por conta de uma lesão no tornozelo. Portanto, é possível que não tenham condições de atuar por 90 minutos em alta intensidade, o que pode ser importante para a Seleção Brasileira.